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PS denuncia incúria e terrorismo político da direita

PS denuncia incúria e terrorismo político da direita

O PSD caiu na “incúria" e no "terrorismo político" no processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, denunciou o deputado socialista João Galamba citando um relatório do Tribunal de Contas no qual o Ministério das Finanças foi acusado de “falta de controlo” na CGD entre 2013 e 2015 por aprovar documentos de prestação de contas sem ter a informação completa.

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Falando aos jornalistas no Parlamento, antes do debate dos projetos de lei do PSD e do CDS/PP sobre estatuto, regime, declaração de rendimentos e património e limites remuneratórios do gestor público, João Galamba atribuiu “hipocrisia” e “falta de seriedade” a ambos partidos.

“A única interpretação possível para o comportamento do PSD é mero terrorismo político e tentar impedir o normal decurso do processo de recapitalização do principal banco do sistema financeiro português”, afirmou Galamba, criticando veementemente que só agora, o PSD, “de forma oportunista e algum terrorismo político à mistura, tente compensar, revelando má consciência, dizendo querer fazer em 2016 o que não fez no passado”.

Segundo o parlamentar socialista, este comportamento do maior partido da oposição “parece inviabilizar a posição que o próprio PSD diz defender agora em 2016 sobre a CGD”.

“PSD e CDS recapitalizaram a CGD em 2012 – à semelhança do Banif, onde injetaram 1100 milhões de euros e desistiram de acompanhar o banco quase sem relatórios – e, percebemos, agora, o mesmo se passou na CGD”, lembrou João Galamba.

PSD deve esclarecer dissonância sobre banco público

E desafiou o presidente do PSD a esclarecer declarações consideradas dissonantes da sua vice-presidente e ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, sobre o escrutínio na CGD.

Segundo o deputado socialista, em declarações nos passos perdidos do parlamento, a antiga ministra social-democrata contradiz os projetos de lei de PSD, debatidos na Assembleia da República, ao defender que já existe supervisão suficiente relativamente ao banco público.

“Das duas, uma: Ou Maria Luís Albuquerque já não é do PSD ou então uma das principais figuras do PSD na área financeira e bancos, em particular, está em total dissonância com o partido pelo qual é deputada”, apontou Galamba para de seguida insistir na ideia de que “Pedro Passos Coelho podia vir esclarecer as palavras de Maria Luís Albuquerque e o comportamento do seu Governo entre 2013 e 2015”.

“A incúria de PSD e CDS no setor financeiro, durante a governação anterior, teve custos”, vincou, reforçando que “se há alguém que deve explicações ao país é Passos Coelho e o PSD”.

Também considerou ser “importante” que o PSD preste alguns “esclarecimentos sobre o que verdadeiramente fez, sobre o que fez na CGD no passado ou, como diz o TdC, o que não fez, e aquilo que, agora, diz querer fazer”.

“Se atendermos às justificações dadas em resposta a esta acusação do TdC, o que Maria Luís Albuquerque faz é retirar – não sabemos se avisou o resto do PSD ou não – as propostas do PSD de alteração [do estatuto e regime] ao gestor público porque são incompatíveis com as propostas”, rematou o porta-voz do PS.