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PS defende reforço do SIRESP mas sem intervenções prematuras

PS defende reforço do SIRESP mas sem intervenções prematuras

O deputado do PS José Miguel Medeiros defendeu ontem, no Parlamento, que é necessário reforçar-se a rede SIRESP e os níveis de serviço que estão atualmente contratados, considerando no entanto “prematura” qualquer decisão sobre esta matéria sem serem divulgadas as auditorias, estudos e relatórios em curso depois do incêndio em Pedrógão Grande.

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PS defende reforço do SIRESP mas sem intervenções prematuras

“Se se vier a confirmar que as falhas detetadas são o resultado de uma deficiente cobertura contratada, esse é um problema técnico que terá de ser resolvido, mas que não depende da natureza pública ou privada da entidade que faz a gestão operacional”, alertou o parlamentar socialista durante um debate marcado pelo Bloco de Esquerda.

José Miguel Medeiros sublinhou que a ministra da Administração Interna pediu, “e bem”, à Inspeção-Geral da Administração Interna e ao Instituto das Telecomunicações a realização, com caráter de urgência, de uma auditoria rigorosa à gestão e ao funcionamento da rede SIRESP, “cujos resultados serão determinantes para se perceber o que efetivamente se passou”. Assim, será possível “esclarecer com rigor” todas as circunstâncias e compreender “como é possível ter relatórios da operadora, corroborados pela entidade gestora, a afirmarem que o sistema funcionou sem falhas e que apenas registou problemas de saturação” e, por outro lado, “os operacionais a afirmar o contrário”, apontou.

Segundo o deputado, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista não corrobora “a ideia de se avançar para uma nacionalização do sistema, pelo menos no imediato”. No entanto, acrescenta, “não deixa de acompanhar as preocupações manifestadas pelo BE”, estando disponível, “na altura própria”, para discutir, votar e aprovar o que for relevante para que “as populações do nosso país sintam a segurança e a tranquilidade necessárias sempre que acontecem tragédias como esta”.

José Miguel Medeiros salientou ainda que, “pela natureza das queixas”, não há motivos para que o problema resulte do facto de se tratar de uma parceria público privada, na qual assenta a gestão operacional do sistema.