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PS conta com consenso para colocar interior do país no centro das políticas

PS conta com consenso para colocar interior do país no centro das políticas

O vice-presidente da bancada do PS Luís Testa mostrou-se ontem convicto de que a coesão territorial é um “desígnio nacional” e, por isso, o Plano de Recuperação e Resiliência, que o Governo vai apresentar ainda este ano, merecerá o consenso necessário para Portugal ser um país mais equilibrado.

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PS conta com consenso para colocar interior do país no centro das políticas

Luís Testa, que revelou que o Plano de Recuperação e Resiliência será apresentado pelo Executivo “a meio do mês de outubro”, acredita que este documento “merecerá os consensos – mais do que desejáveis – imperativos para que Portugal possa ser um país equilibrado, harmonioso e desenvolvido”.

O deputado do PS recordou, durante o período de declarações políticas no Parlamento, o trabalho feito pelo Governo socialista em inverter “a abordagem ao tema da gestão do território e colocado, com isso, uma parte substancial do país, a que chamamos de interior – e que de facto o é, pela discrepância de níveis de competitividade – no centro das políticas”.

E deu o exemplo da criação do Ministério da Coesão, e da Secretaria de Estado da Valorização do Interior na sua dependência, que “tem permitido, desde o início da legislatura, concertar ações e promover projetos de desenvolvimento integrado em todo o território, como há muito não se sentia, não se via e não se fazia”.

“Mas também não é de somenos importância que se tenha construído uma agenda que coloca, por sistema, o combate aos desequilíbrios estruturais do país como o tema de ação, não só porque isso beneficie apenas os territórios do interior – o que já não seria pouco –, mas porque o desenvolvimento harmonioso contribui decisivamente para o desenvolvimento global de Portugal, porque aproveita recursos, aproveita capacidades, aproveita conhecimento”, defendeu.

Luís Testa frisou depois que esta semana decorreu, em Lisboa, na Assembleia da República, o VIII Fórum Parlamentar Luso-Espanhol, juntando deputados dos dois países, em que “as relações transfronteiriças assumiram um papel na relação entre os dois Estados, com a dimensão extraordinária que é dada a territórios como por exemplo o do concelho de Nisa, que, com a assunção da realização da ponte Internacional que ligará ao município espanhol de Cedillo, a pouco mais de 100 metros, dispensará uma viagem de mais de 100 quilómetros”.

Já a “Cimeira Ibérica, no dia 2 de outubro, na Guarda, com as mesmas temáticas do Fórum Parlamentar, dará uma expressão maior a esta necessidade, com os dois governos, de Portugal e de Espanha, a concertarem políticas e investimentos para os territórios transfronteiriços que têm as mesmas carências”, salientou.

O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS terminou a sua intervenção a apelar ao consenso dos partidos em torno da coesão territorial: “Estou certo de que este desígnio não é apenas meu, ou do meu partido. Estou certo de que este é um desígnio nacional e que todos, sem exceção, somos imprescindíveis para o concretizar”.