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PS anulará subconcessão a privados de Carris e Metro

PS anulará subconcessão a privados de Carris e Metro

Um futuro Governo do PS anulará a subconcessão a privados dos serviços da Carris e do Metropolitano de Lisboa, garantiu o vice-presidente da bancada socialista Marcos Perestrello, adiantando que esse processo não estará concluído em outubro.

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PS anulará subconcessão a privados de Carris e Metro

Após uma reunião com os sindicatos representativos dos trabalhadores da Carris e do Metropolitano de Lisboa, o dirigente socialista explicou, em declaração na Assembleia da República, que “o caderno de encargos apresentado a concurso é muito negativo” ao não assegurar minimamente “nem a qualidade nem a quantidade do serviço dentro de Lisboa”.

Para o PS, disse Marcos Perestrello, “estes cadernos de encargos solidificam a atual estrutura da rede, não permitem a sua expansão, prolongando por isso a mobilidade negativa que existe na cidade”.

“Ao mesmo tempo que não permite a expansão da rede porque não obriga a novos investimentos, os cadernos de encargos apresentados introduzem um aumento muito significativo da idade média dos veículos utilizados nos transportes públicos de Lisboa e não introduzem obrigações relativas à utilização de combustíveis não poluentes ou mesmo de automóveis elétricos que não fazem emissões no local”, referiu.

Segundo evidenciou Marcos Perestrello, “nos últimos quatro anos, por força da ação deste Governo sobre a política de mobilidade da cidade de Lisboa, as empresas de transportes públicos perderam cerca de 100 milhões de passageiros e não resolveram os seus problemas económicos e financeiros”.

E essa perda de passageiros, vincou, “traduziu-se em prejuízos gravíssimos para a cidade, do ponto de vista ambiental, para as famílias, porque são obrigadas a recorrer com mais frequência ao transporte individual, e para o país, porque mais utilização de transporte individual significa maior importação de combustível”.

Ora, continuou o também presidente da FAUL, “como nós não produzimos combustível, isso pesa negativamente na nossa balança de pagamentos”.

Descrevendo o atual processo concursal de subconcessão da Carris e do Metro de Lisboa como “muito hostil à cidade”, o vice-presidente do GP/PS acusou o Executivo PSD-CDS de “interromper a disponibilidade manifestada pela Câmara Municipal de Lisboa” no sentido de assumir novas responsabilidades em matéria de transportes públicos urbanos.

“Houve tática partidária, porque o primeiro-ministro e o Governo interromperam a negociação com a Câmara de Lisboa num momento coincidente com a eleição do então presidente da Câmara, António Costa, para a liderança do PS”, afirmou, concluindo que o Executivo Passos/Portas não quis “envolver o responsável máximo do PS na construção de uma solução para um problema que existe há muitos anos”.