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Próximo ciclo político autárquico – o desafio das cidades inteligentes

Próximo ciclo político autárquico – o desafio das cidades inteligentes

Cidades inteligentes, smartcities, territórios inteligentes são os novos conceitos sociológicos para a gestão política das cidades, assente no uso intensivo das tecnologias de comunicação e informação, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas, promover a sustentabilidade ambiental e competitividade do território à escala global.

Opinião de:

Próximo ciclo político autárquico – o desafio das cidades inteligentes

As cidades inteligentes são uma prioridade nas políticas da União Europeia no estímulo e apoio aos Estados Membros, nomeadamente com a Estratégia “Europa 2020 para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo.” 

O conceito é simples: “A Cidade Inteligente é um local onde as redes e serviços tradicionais são tornados mais eficientes pelo uso de tecnologias digitais e de telecomunicações, para o benefício dos seus habitantes” (In About Smart Cities, European Comission, 2014). O que faz de uma cidade urbana, rural, de grande, média, ou pequena dimensão, uma cidade inteligente,  é a capacidade de colocar as pessoas no centro da ação politica, incorporando tecnologias na gestão do território e utilizar essas ferramentas no planeamento e gestão urbana, no desenvolvimento sustentável, na eficiência energética, na participação cívica dos cidadãos no governo das cidades, tornando os territórios mais competitivos, inovadores, criativos  e atrativos para viver, investir e trabalhar.  

Portugal está on the road na politica das smartcities e tem vindo a desenvolver, através de estratégias nacionais e regionais, nomeadamente, no programa Simplex de modernização da Administração Pública, lançado pelo Governo, no processo de  reindustrialização, designado por industria 4.0, no incentivo e apoio a projetos  TIC nos vários domínios de gestão das cidades e das atividades económicas.

Portugal tem hoje uma posição de excelência no uso das tecnologias de informação nos serviços públicos, na infraestruturação tecnológica, que incluem redes de conectividade de banda larga de alta velocidade, fixas e móveis, tecnologia cloud que lhe permite captar grandes eventos mundiais, como Websummit, ou  instalação  de centros de competências e  serviços às empresas. 

Os Autarcas, gestores políticos das cidades, têm tido um papel determinante neste percurso evolutivo e vários são os municípios que não se ficam pela mera informatização dos serviços municipais ou desmaterialização de atos administrativos, mas avançam para as plataformas inteligentes, de gestão energética, recursos naturais e mobilidade, canais de comunicação abertos ao cidadão, implementação de sistemas e infraestruturas urbanas do futuro.

O desafio do próximo ciclo político autárquico é o de reinventar as cidades, tornando os territórios inteligentes, a partir das suas potencialidades, projetando-as no espaço global. Combinar uma administração pública aberta, focada nas pessoas, com a tecnologia ao serviço do desenvolvimento económico, do meio ambiente, da saúde, da educação, da inclusão social, da qualidade de vida dos cidadãos.

Cidades conectadas, redes de alto débito, tecnologia cloud, APP’s, IoT (Internet of Things), open-data, smart mobility, eficiência energética, start-up’s, centros de competências, smart-open, fab-lab  open-gov, serviços partilhados, robots e drones, plataformas inteligentes, M2M (machine-to-machine),  são conceitos e instrumentos tecnológicos que já entraram no léxico da gestão autárquica e farão parte das cidades do futuro.

Os autarcas do Partido Socialista, nos vários órgãos dos municípios, estarão à altura desta nova geração de políticas de cidades, em permanente diálogo com os cidadãos porque “Uma cidade que não ouve os habitantes não pode ser inteligente”, (Saskia Beer, arquiteta, especialista em globalização e urbanismo).