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Programa de altas sociais vai ser alargado com mais 400 vagas

Programa de altas sociais vai ser alargado com mais 400 vagas

O Governo e as entidades do setor social e solidário acordaram criar “mais 400 camas nos próximos seis meses para continuar a responder à necessidade de altas sociais”, anunciou o primeiro-ministro, António Costa.

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Programa de altas sociais vai ser alargado com mais 400 vagas

Este acordo consta na adenda ao compromisso de cooperação para o setor social e solidário para o biénio 2019-2020 e visa realojar pessoas que já têm alta clínica, mas que, como especificou o primeiro-ministro, “por falta de alternativas, por falta de um local digno de residência ou pela incapacidade de receber cuidados pós-hospitalares necessários acabam por permanecer durante muito tempo nos estabelecimentos hospitalares”.

Para António Costa, este novo “passo é da maior importância”, quer por libertar camas hospitalares para responder às necessidades clínicas, quer ao proporcionar condições “dignas de alojamento para as pessoas”, lembrando ainda que, “desde o início da pandemia, mais de 1000 pessoas já obtiveram alta social e foram realojadas para se poder encontrar uma nova residência através destas instituições”.

“É nesta linha que este programa das altas sociais é essencial, como essencial também é o acordo que estamos a assinar com diversas misericórdias para criar outras camas de retaguarda para poder libertar camas que têm de ser mobilizadas para a primeira linha de combate à pandemia”, disse.

O líder socialista salientou, ainda, o reforço que tem vindo a ser realizado nos serviços de saúde, designadamente com os aumentos da capacidade de resposta da Linha Saúde 24 e do número de testes por dia à Covid-19, bem como através da contratação de profissionais do Serviço Nacional de Saúde e o aumento do número de camas e ventiladores.

“É assim que temos trabalhado e é assim que vamos continuar a trabalhar agora nesta fase da pandemia, mas que iremos prosseguir depois da pandemia, porque há mais saúde para além do combate à covid-19, há mais necessidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e há mais pessoas com necessidade de terem uma residência digna para além daquelas que a têm nesta fase de luta contra a pandemia”, sublinhou António Costa.

A cerimónia de celebração do acordo contou, ainda, com as presenças da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales.

Cooperação desde a fase inicial do combate à pandemia

Ana Mendes Godinho salientou a importância da cooperação com os “parceiros do setor social” desde a fase inicial do combate à pandemia, designadamente no âmbito do programa de prevenção dos lares e da “mobilização de esforços para se criarem espaços de retaguarda e para reforçar recursos humanos”.

“Tenho de agradecer a grande mobilização que tivemos na resposta ao problema das altas sociais – um problema que tem muitos anos, mas que agora se tornou ainda mais premente do ponto de vista de encontrar respostas para as pessoas que estão nos hospitais sem qualquer razão clínica”, disse a governante.

A ministra destacou também que “o programa MAREESS (Medida de Apoio ao Reforço de Equipamentos Sociais e de Saúde) já abrangeu nos lares 10250 pessoas ao nível de colocação. “Atendendo ao momento que vivemos e antecipando os próximos meses, decidimos prolongar o MAREESS, que terminava no final dezembro”, disse Ana Mendes Godinho.

Face à importância que encerra, este programa vai ser prorrogado até ao final do primeiro semestre de 2021, estimando-se que até ao fim do ano possa abranger 15 mil pessoas.