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Programa da direita é privatizar Educação, Saúde e Segurança Social

Programa da direita é privatizar Educação, Saúde e Segurança Social

O Partido Socialista acusa a direita de estar apostada em descapitalizar a Segurança Social pública. Lembra que a proposta de plafonamento defendida pela coligação PAF é um primeiro e decisivo passo para entregar o sistema público ao sector privado.

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Programa da direita é privatizar Educação, Saúde e Segurança Social

Ontem à noite em Odivelas, num debate que juntou militantes socialistas e simpatizantes de todas as idades, António Costa deixou claro que o PS não vai cortar nas pensões, nem permitirá o plafonamento das contribuições defendido pela ainda maioria.

O líder socialista deixou o alerta para o caso de a coligação continuar a ser Governo, que seria sobre a classe média que recairia a responsabilidade de pagar para ter Educação, Saúde e Segurança Social.

A sustentabilidade da Segurança Social foi aliás um dos temas mais abordados pelos participantes neste “Encontro de Gerações”, assim como as políticas de emprego e os apoios sociais, com muitas críticas ao atual Governo e ao programa que a coligação PSD/CDS apresentou aos portugueses.

Para o Secretário-geral do PS, o programa deste Governo, “depois de se terem empenhado” em privatizar tudo o que era público, é agora “privatizar os serviços sociais como a Saúde, a Escola Pública e a Segurança Social”.

Quanto ao anunciado desejo da direita no plafonamento da Segurança Social, António Costa garantiu que, caso a medida fosse em frente, haveria uma perda de 17% das suas receitas, não se tratando por isso, de uma medida de estímulo à economia, “mas sim uma capitalização do sector privado e uma descapitalização do sector público”, com um prejuízo que “iria perdurar durante duas gerações”.

António Costa acusou ainda o Governo de ter “uma agenda escondida” insistindo na necessidade de a coligação de direita esclarecer onde irá cortar os 600 milhões de euros que “prometeu por escrito a Bruxelas”.

Esclarecimento que para o líder do PS é tão ou mais importante porque “não podemos permitir”, como referiu, que esta campanha eleitoral “se faça sem que haja uma explicação cabal do que se pretende fazer”, uma vez que o programa eleitoral apresentado pela direita “omite este e outros factos”.

Combater o desemprego e estancar a emigração

Depois de garantir que não vai cortar nas pensões, caso o PS vença as próximas eleições legislativas em 4 de outubro, António Costa declarou que o que tem afetado a sustentabilidade da Segurança Social é o desemprego e a emigração e que inverter esta problemática passa, em primeiro lugar, pela “confiança na corrente intergeracional”.

O líder socialista garantiu ainda que irá baixar o IVA da restauração e repor o Complemento Solidário para Idosos e o Abono de Família para os valores de há quatro anos, tendo ainda assegurado que de nada valerá ao PSD e ao CDS “martelar ou espremer a realidade e fantasiar com o país”, porque o PS está preparado para “ dar luta à coligação de direita”.