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Processo manchado pela incompetência do Governo

Processo manchado pela incompetência do Governo

O PS considera que a retirada do pedido de fiscalização prévia do Tribunal de Contas do contrato entre a Metro do Porto e o consórcio espanhol “é uma manobra tática do Governo para fugir a um eventual chumbo”, lamentando que a “bonita história” deste transporte, “na melhoria da mobilidade e qualidade de vida dos cidadãos, esteja a ser manchada pela incompetência e pela fúria privatizadora” do Executivo Passos/Portas.

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Esta posição do PS, pela voz do vice-presidente da sua bancada parlamentar João Paulo Correia, surge na sequência do Tribunal de Contas ter confirmado que “a Metro do Porto pediu de volta o contrato de subconcessão da operação do metro, que se encontrava naquele tribunal para obtenção de visto prévio”.

Em conferência de Imprensa no Porto, João Paulo Correia disse que esta é “uma enorme derrota para o Governo”, salientando que o PS tem “informação segura” de que esta retirada do pedido de fiscalização prévia não passa de “uma manobra tática do Governo PSD/CDS para fugir a um eventual chumbo do Tribunal de Contas”.

Por isso, o deputado do PS apelou ao Governo para que “use todos os meios legais para suspender estes dois processos e permita que seja um próximo Governo a tomar as decisões”, acusando o Executivo da direita de estar “a tentar transformar o consórcio espanhol num bode expiatório”.

João Paulo Correia explicou que “esta retirada não tem a ver com a opção do Governo de aumentar a pressão junto do consórcio espanhol para negociar o contrato, mas tem a ver com o receio e com a perceção geral de que este contrato resultaria num chumbo do Tribunal de Contas”.

Erros e trapalhadas

Reiterando que é necessário que estes dossiês passem para a próxima legislatura, João Paulo Correia considerou que este processo “é invulgar, cheio de erros e trapalhadas”.

É que, segundo o deputado do PS, “estas trapalhadas contrastam com o rigor, transparência e competência na defesa do interesse público que marcaram as duas anteriores subconcessões da Metro do Porto”.

Este processo, referiu, “foi marcado por incompetência, por incúria, por desleixo por parte do Governo, do ministro da Economia e do secretário de Estado dos Transportes”.