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Prioridade à Inovação

Prioridade à Inovação

O Partido Socialista apresentou ontem o seu Programa Eleitoral. Como refere este documento, novas políticas exigem uma outra atitude perante os desafios nacionais. É preciso olhar para o futuro, de modo que se definam objetivos de médio prazo capazes de orientarem uma ação política consistente e duradoura.

Opinião de:

A sustentabilidade da segurança social

Nesta medida Portugal precisa de um programa de recuperação económica e social para os próximos quatro anos, assente nos objetivos de relançar a economia e promover o emprego, combatendo a precariedade.  E, assim, propõe um conjunto de 21 causas para Mobilizar Portugal organizadas em 5 pilares: 1. As Pessoas Primeiro 2. Valorizar o nosso Território 3. Prioridade à Inovação 4. Mais Coesão, Menos Desigualdades 5. Um Portugal Global. 

Como é sabido o capital humano é, cada vez mais, um fator chave para direcionar o crescimento económico de um país e, num mundo globalizado, a aposta no conhecimento, na tecnologia e na inovação será, cada vez mais, o eixo central para o desenvolvimento das economias. 

Um dos principais objetivos de Portugal para 2020 será atingir 40% de diplomados de ensino superior na faixa etária 30-34. Em 2013, eram ainda 29%. Ora esse grande desígnio nacional deve ser acompanhado por políticas de atração de recursos humanos qualificados, conferindo prioridade à inovação, com o envolvimento ativo de instituições de ensino superior, de empregadores e de atores sociais. 

A Sociedade da Informação é a sociedade em que ganha protagonismo o saber gerador de inovação, estando as organizações em geral amplamente conscientes da importância quer do investimento em inovação e I&D face à pressão da concorrência económica quer da necessidade de atuar ao nível do reforço do emprego científico. 

Não obstante os notórios progressos alcançados na qualificação da população em Portugal, interessa reforçar a aposta na inovação não só mediante um investimento contínuo na educação e na formação (consolidado por um sistema de aprendizagem ao longo da vida), como também facultando melhores condições de trabalho à população ativa. E, acima de tudo – se dois dos maiores flagelos sociais no nosso País são o desemprego e a emigração – importa criar emprego de qualidade e condições atrativas para a nossa população qualificada, motivando-a a permanecer no país.  

Neste sentido, urge estabelecer uma Estratégia para a educação-formação quer em função das necessidades dos grupos de população (nomeadamente jovens, adultos desempregados e empresários) quer em função das necessidades de grupos da população dos diferentes territórios ou sectores económicos. Por exemplo, mediante a ideia de expandir os Pólos de Competitividade e Tecnologia, através de plataformas de colaboração entre escolas, empresas, laboratórios e sociedade civil, assim como de estimular o crescimento de redes locais para a qualificação que atuem na consolidação e na valorização do conhecimento a nível regional e local. Mas também implementar programas e instrumentos de promoção da cultura científica e tecnológica, com o duplo objectivo quer de reforçar a cultura científica dos jovens quer de apoiar a inclusão de desempregados na sociedade da aprendizagem, no âmbito de um sistema de aprendizagem ao longo da vida, revitalizando a educação e a formação de adultos.

A recuperação económica e social do país depende desta “prioridade à inovação”, não só porque esta será o motor de um desenvolvimento a médio e a longo prazo mas também porque a Sociedade da Informação e a Economia do Conhecimento assim o exigem.