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Primeiro-ministro deixa palavras de alento aos que travam batalha dura

Primeiro-ministro deixa palavras de alento aos que travam batalha dura

O primeiro-ministro esteve ontem reunido com a Autoridade Nacional de Proteção Civil, onde teve ocasião de deixar uma palavra de alento e de confiança a todos os que travam uma “batalha muito dura” para enfrentar as chamas que têm assolado diferentes localidades do país.

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Primeiro-ministro deixa palavras de alento aos que travam batalha dura

António Costa, depois de deixar uma palavra de alento em especial aos bombeiros e a “todos os agentes” da proteção civil que se têm “mostrado incansáveis nesta batalha”, deixou também e ainda uma palavra de conforto às populações que “têm sofrido” com os incêndios, lamentando que em muitas ocasiões “tenham tido perdas importantes” no seu património e, não poucas vezes, visto a “sua segurança ameaçada”, facto que, como destacou o primeiro-ministro, tem obrigado a que muitas pessoas se tenham visto forçadas a terem que abandonar as suas residências para se refugiarem em locais mais seguros.

Nas palavras de conforto que o primeiro-ministro deixou a todos os que de algum modo têm estado envolvidos no combate aos incêndios ou que direta ou indiretamente têm sofrido as consequências dos inúmeros fogos que têm assolado o país, lembrou também os autarcas, que são “os responsáveis municipais” da proteção civil, que têm tido, como acentuou, “um trabalho incansável” não só na coordenação de meios, mas também “no apoio às populações”, uma intervenção que, em sua opinião, tem sido feita na fase de incêndio como “no pós-incêndio”.

Desempenho extraordinário

António Costa citou depois alguns dados que têm vindo a ser divulgados publicamente pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, dando especial destaque às 88 ocorrências que tiveram lugar ontem, dia em que o primeiro-ministro se deslocou à sede esta instituição, lembrando que destas 77 foram controladas nos primeiros 90 minutos.

Contudo, acrescentou ainda, se “tivermos em conta” que desde o dia 1 de julho houve um total de 2007 ocorrências e que, deste total, 81% foram controladas na primeira hora e meia, ficamos com a exata noção de como o sistema de proteção civil e de combate aos incêndios tem tido uma resposta, na “esmagadora maioria dos casos, eficaz”, permitindo controlar, como realçou, as situações nos primeiros 90 minutos.

O chefe do Governo fez ainda questão de recordar que para além dos riscos estruturais “que são conhecidos”, a floresta nacional debate-se ainda, como aludiu, com um “grande nível de abandono”, uma predominância excessiva de povoamentos altamente inflamáveis, como os pinheiros e os eucaliptos, para além de o território português se debater, este ano e neste verão, com condições particularmente adversas, “com 72,3% do território em situação de seca severa e mais 7% em situação de seca extrema”. O que significa, como realçou, que “temos 80% do nosso território em situação de elevado risco de material combustível”, cenário que facilmente pode “entrar em ignição” e em condições meteorológicas de calor e ventos de baixa humidade, tudo junto e muitas vezes em simultâneo “pode facilitar a propagação dos incêndios”.

Perante este quadro, o primeiro-ministro alertou “todos os cidadãos” para que contribuam também com a sua quota parte para impedirem os incêndios, evitando, designadamente, “comportamentos de risco”, como seja fumar, fazer lume ou utilizar máquinas nas matas e florestas nacionais, sobretudo nos períodos mais quentes do dia e particularmente nesta altura do ano em que o país atravessa um quadro de seca e de muito calor.