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Presidência portuguesa está preparada para trabalhar a nível presencial e virtual

Presidência portuguesa está preparada para trabalhar a nível presencial e virtual

Haja ou não um agravamento da pandemia da covid-19 na Europa, “Portugal está preparado” para liderar a presidência da União Europeia seja de forma “presencial ou virtual”. A garantia foi deixada pelo primeiro-ministro num encontro digital com correspondentes internacionais em Bruxelas.

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Presidência portuguesa está preparada para trabalhar a nível presencial e virtual

De acordo com o primeiro-ministro, a presidência portuguesa da União Europeia, que decorrerá neste primeiro semestre de 2021, em caso algum correrá o risco de falhar ou de correr menos bem, mesmo que se venha a verificar um “agravamento da covid-19”, garantindo António Costa que Portugal está preparado para trabalhar quer presencialmente, quer através da via digital, lembrando a este propósito a decisão de efetuar alguns dos “momentos-chave” da presidência portuguesa no fim de semana de 7 e 8 de maio, com a realização da Cimeira Social, no Porto, “que vai dar um apoio importante ao plano de ação que a Comissão Europeia vai apresentar no final de fevereiro”, e ainda com a realização do Conselho informal “que diz respeito ao Pilar Social” e da Cimeira da União Europeia com a Índia.

Neste encontro digital com os correspondentes da imprensa estrangeira em Bruxelas, que por regra é presencial, com os jornalistas a serem recebidos no país que acolhe a presidência rotativa da União Europeia, o primeiro-ministro recordou que, em apenas dois dias e num fim de semana, a presidência portuguesa vai ser capaz de realizar a Cimeira Social, o Conselho informal e a cimeira com a Índia, sendo esta, ainda segundo António Costa, uma forma expedita para “evitar as dificuldades que todos conhecemos no que diz respeito aos eventos presenciais em altura de pandemia”.

O primeiro-ministro proferiu estas declarações numa altura em que se conhece um agravamento do número de casos de Covid-19 em toda a Europa, com alguns países a equacionarem a possibilidade de voltar a aprovar medidas mais restritivas semelhantes às tomadas em março passado, quer ao nível do confinamento das pessoas, que em relação ao encerramento de atividades consideradas como não essenciais, lembrando, contudo, António Costa que está já no terreno a campanha de vacinação dos cidadãos da União Europeia, sendo esperado, como salientou, que na próxima semana a vacina da farmacêutica Moderna, entretanto já “aprovada pelo regulador europeu”, venha juntar-se à vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech.

O primeiro-ministro teve ainda ocasião de destacar o “esforço incrível” feito pelos investigadores que desenvolveram “em tempo recorde” uma vacina contra a Covid-19, mas também a “excelente resposta” que foi dada pela indústria farmacêutica, “que foi capaz de produzir milhões de doses”, voltando a alertar que esta pandemia “não desaparece com o estalar dos dedos”, instando, por isso, os cidadãos a manterem e a respeitarem todas recomendações desde há muito anunciadas pelas autoridades de saúde.

EUA: oportunidade para “novo clima nas relações transatlânticas”

Neste encontro digital com os correspondentes europeus em Bruxelas, o primeiro-ministro referiu-se ainda às recentes eleições norte-americanas que deram uma vitória clara a Joe Biden, não deixando, contudo, de criticar os “inaceitáveis” confrontos em Washington, no Capitólio, lembrando António Costa que agora o importante é que haja uma “transição ordenada, tranquila e normal” no Governo norte-americano, “como acontece em qualquer democracia”, afirmando que Donald Trump “já é passado”.

Quanto ao novo Governo norte-americano, liderado por Joe Biden, que inicia funções já no dia 20 deste mês de janeiro, o primeiro-ministro manifestou o desejo de que ele represente “uma nova oportunidade para criar um novo clima nas relações transatlânticas”, destacando, nomeadamente, as “áreas do multilateralismo e do clima”.