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Presidência portuguesa da UE em 2021 focada nas relações com África

Presidência portuguesa da UE em 2021 focada nas relações com África

Portugal vai assumir em 2021 a presidência da União Europeia com os olhos postos em África. A garantia foi ontem dada pelo primeiro-ministro, António Costa, no final da V Cimeira dos Países do Sul da União Europeia, que teve lugar em Chipre.

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Presidência portuguesa da UE em 2021 focada nas relações com África

O primeiro-ministro anunciou ontem em Nicósia, em Chipre, durante a apresentação das conclusões da V Cimeira dos Países do Sul da União Europeia, que o tema fundamental da presidência portuguesa da União Europeia em 2021 vai ser o das relações entre a União Europeia e o continente africano, considerando António Costa ser este um tema “essencial” para que haja uma efetiva e clara solidariedade na “regulação dos fluxos migratórios”.

Segundo o primeiro-ministro, as presidências europeias “devem ser preparadas com tempo”, assumindo que o tema das relações com África é uma área em que Portugal, também e sobretudo por “questões históricas”, tem uma mais-valia clara em relação aos restantes Estados-membros da União Europeia.

Para António Costa este é um dos assuntos que se reveste da maior relevância para a Europa, lembrando o primeiro-ministro português, a este propósito, que o continente tem passado por diversas crises migratórias, o que, em sua opinião, torna fundamental que a Europa disponha de um “mecanismo permanente de solidariedade”, de forma a que não esteja sempre colocada “perante a emergência, cada vez que surge uma situação concreta”.

O primeiro-ministro teve ainda ocasião de manifestar grande satisfação por todos os líderes dos governos dos países do Sul europeu terem subscrito o princípio de que a União Europeia deve dar “clara prioridade” à cooperação com os “países de trânsito dos migrantes”, investindo no seu “desenvolvimento económico, na paz e na promoção dos direitos humanos”, referindo ser esta uma condição fundamental para “termos uma boa gestão dos fluxos migratórios”, assente nos princípios da “solidariedade e da responsabilidade”, lembrando que cada barco que chega a Itália “não é um problema apenas de Itália, mas uma questão que se coloca a toda a Europa”.