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Portugueses são os que mais apoiam a União Europeia

Portugueses são os que mais apoiam a União Europeia

O Secretário-geral e primeiro-ministro, António Costa, foi na passada semana a Itália defender que fortalecer a União Europeia significa uma Europa mais forte, mais justa e com maior capacidade para encontrar as respostas para os problemas que afligem os cidadãos europeus.

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Portugueses são os que mais apoiam a União Europeia

Em Itália, onde esteve no passado dia 30 de agosto para participar numa mesa redonda sobre o futuro da Europa, iniciativa inserida na festa do jornal do Partido Democrático, l’Unitá, anteriormente um periódico ligado ao Partido Socialista Italiano, o Secretário-geral do PS, António Costa, garantiu que o apoio dos portugueses à União Europeia está hoje “ao mais alto nível”, no bloco europeu, uma tendência, como também referiu, que inverte completamente a realidade que se verificava nos anos “duros da crise em Portugal durante o programa da troica”.

Segundo o Secretário-geral do PS, a constatação desta realidade deve-se em grande medida ao facto de os portugueses, ao contrário do que perspetivavam antes, reconhecerem hoje que é possível estar na Europa “cumprindo com as regras” e, ao mesmo tempo, “ter crescimento económico, criação de emprego e convergência com a União Europeia”, intuindo que “Europa não é sinónimo de austeridade”.

Nesta mesa redonda sobre o futuro da Europa que decorreu no âmbito da festa do jornal l’Unitá, na cidade italiana de Ravenna, para além de António Costa participaram, entre outros, o antigo chefe de Governo de Itália, Paolo Gentiloni, o atual secretário-geral do Partido Democrático, Maurizio Martina, e o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, oportunidade que o líder do PS utilizou para lembrar que tal como Cristiano Ronaldo não pode sozinho fazer o trabalho de toda a equipa, agora que o craque português foi contratado pela equipa italiana da Juventus, também nós europeus “precisamos da união de toda a equipa europeia para reforçar a nossa capacidade no mundo”.

Uma Europa mais justa

Na sua intervenção, o líder do PS e primeiro-ministro português defendeu ainda que fortalecer a União Europeia é uma tarefa fundamental e determinante para continuar a construir uma Europa “mais forte, mais justa e com respostas concretas para os problemas dos cidadãos europeus”, alertando ainda que parte significativa do debate que se avizinha nas próximas eleições europeias, que terão lugar em maio do próximo ano, andará de forma manifesta à volta dos que tentam enfraquecer a União Europeia, colocando em causa a solidariedade e a sua coesão, dando o exemplo de líderes como o atual ministro italiano de extrema-direita, Matteo Salvini, ou do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, e as “forças progressistas que pretendem fortalecer a União Europeia e trabalhar em conjunto para uma Europa mais coesa, justa e forte”.

António Costa referiu-se ainda ao tema da emigração, sustentando que a resposta europeia mais adequada a este fenómeno deve passar, desde logo, por um maior apoio da União Europeia ao desenvolvimento dos países africanos, mas também avançando com medidas que ajudem à integração dos imigrantes, criando para isso “ mais e melhores mecanismos inclusivos”, uma mais adequada “solidariedade entre Estados-membros na partilha de responsabilidades na recolocação”, medida que, na perspetiva do primeiro-ministro, António Costa, deve assentar no princípio da “proteção da dignidade humana”. O líder socialista português não deixou, contudo, de sustentar também a necessidade de um maior “fortalecimento dos mecanismos comuns de controlo das fronteiras”.