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Portugueses com médico de família podem chegar aos 98%

Portugueses com médico de família podem chegar aos 98%

Caso os candidatos aceitem ocupar as “400 vagas para médicos de medicina geral e familiar” do concurso lançado pelo Governo, “98% de portugueses” ficarão com médico de família, disse ontem o primeiro-ministro, António Costa.

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Portugueses com médico de família podem chegar aos 98%

Durante o debate quinzenal que teve lugar esta terça-feira no Parlamento, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que a percentagem de portugueses com médico de família pode chegar a 98%.

“Com a conclusão do concurso para as 400 vagas para médicos de medicina geral e familiar, se todos os candidatos aceitarem as posições em que ficam, nós conseguiremos atingir, não os 100%, mas um número de 98% de portugueses com médico de família e isto significa a maior redução de sempre de portugueses sem médico de família”, anunciou.

Porém, o chefe do Governo advertiu que não basta lançar concursos de recrutamento de pessoal médico, é essencial que as vagas sejam efetivamente ocupadas.

“Não basta abrir vagas, é necessário que as vagas sejam suficientemente atrativas para que haja um número de candidatos suficiente para que elas possam ser completamente preenchidas”, disse.

Investimento na Saúde

O líder socialista destacou o investimento e o esforço que o Executivo tem vindo a realizar no setor da Saúde ao longo da legislatura, com vista a satisfazer as necessidades e a recuperar os cortes impostos pelo anterior Governo.

“Desde o primeiro dia da legislatura, temos vindo a trabalhar para recuperar os 1.300 milhões de euros que tinham sido cortados na legislatura anterior”, lembrou António Costa, acrescentando que as medidas implementadas pelo atual Governo permitem que hoje existam “mais 11 mil profissionais no Serviço Nacional de Saúde” (SNS), entre os quais médicos especialistas, enfermeiros e técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica.

Lei de Bases da Saúde

Durante o debate quinzenal, o chefe do Governo referiu-se, também, à Lei de Bases da Saúde, considerando que “é mudar [o diploma] e “afirmar claramente a separação entre o setor público e o setor privado. E isso é feito revogando a Lei que diz que é função do Estado promover o setor privado como concorrencial do público”.

Para António Costa, só assim é possível conseguir “melhores condições para a exclusividade no SNS” e afirmar “claramente o princípio da gestão pública em todos os estabelecimentos do SNS”.

Mas, para o primeiro-ministro, “mais do que a Lei de Bases”, como sublinhou, “é preciso mudar a base da vida do dia-a-dia das pessoas e do funcionamento do SNS”.

Mais consultas e cirurgias realizadas

O líder do PS destacou a evolução que o SNS tem vindo a registar, nomeadamente em termos de aumento da oferta de cuidados de saúde aos portugueses.

Hoje, são realizadas “mais 190 mil consultas nos cuidados primários e mais 140 mil consultas nas unidades hospitalares”, o que significa, segundo o primeiro-ministro, que o Estado está “a conseguir recuperar o tempo perdido”.

Quanto a cirurgias em atraso, o chefe do Executivo referiu que já foi recuperada uma parte significativa. “O objetivo que temos é haver uma recuperação total até ao final do ano”, afirmou.