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Portugal volta a convergir com a Europa do conhecimento

Portugal volta a convergir com a Europa do conhecimento

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, congratulou-se ontem, em Aveiro, com o facto de nos dois últimos dois anos ter havido uma retoma no investimento em I&D em Portugal, permitindo, “como o demonstram os últimos dados de 2016”, que o país se tivesse aproximado da Europa.

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Estudantes do ensino superior com mais 600 camas disponíveis

Trata-se, como referiu, de “uma boa notícia”, que representa um assinalável esforço do país, mas que na perspetiva do responsável pela pasta da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, “é ainda insuficiente”, assumindo que a meta que Portugal deve estabelecer até 2030 é um investimento de 2% do seu PIB em I&D, percentagem que Manuel Heitor considera como sendo a “única forma de podermos convergir com a Europa do conhecimento”.

Ora uma percentagem desta grandeza, acrescentou ainda o ministro, que falava no Instituto de Telecomunicações, obriga a duplicar a despesa pública em I&D nos próximos 12 anos e a “multiplicar por quatro” a despesa privada nesta área, ou seja, sustentou ainda, “isto exige criar no mercado de trabalho cerca de 25 mil empregos qualificados”, sobretudo nas “empresas de base tecnológica”.

Mas exige também, assinalou ainda Manuel Heitor, que o país “multiplique a sua capacidade de formar jovens”, anunciando a propósito que Portugal atingiu este ano, “pela primeira vez”, 40% dos jovens com 20 anos a “participarem no Ensino Superior”.

Alargar o recrutamento

Para o ministro Manuel Heitor, ao contrário do que por vezes se ouve e se lê, Portugal tem “estudantes e investigadores a menos”, mantendo um nível de investimento baixo por pessoa, apesar dos progressos entretanto verificados, também neste capítulo, mas ainda “inferior àquele que devia ser a nossa ambição”, defendendo que é preciso “alargar a base social de recrutamento no Ensino Superior”.