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A maior destruição de emprego dos últimos 50 anos

A maior destruição de emprego dos últimos 50 anos

Em reação aos festejos da maioria PSD/CDS face aos números do desemprego, a deputada socialista Ana Catarina Mendes acusou hoje o Governo de fabricar estatísticas com fins eleitoralistas quando houve a maior destruição de emprego dos últimos 50 anos.

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A maior destruição de emprego dos últimos 50 anos

“Há hoje menos 218 mil empregos desde que este Governo tomou posse. É a maior destruição de emprego em Portugal dos últimos 50 anos. Não tem nenhum paralelo no estado democrático em Portugal”, afirmou a vice-Presidente da bancada do PS num comentário aos números do desemprego divulgados hoje pelo INE, considerados por uma deputada do CDS-PP como dados históricos.

“A maioria dá os parabéns a estes números, diz que é um dia histórico, mas eu gostava de perguntar a todos os portugueses que estão desempregados ou emigraram se consideram um dia histórico”, disse a vice-presidente da bancada do PS, acusando a maioria de revelar “uma enorme insensibilidade social”.

Para Ana Catarina Mendes, “a realidade do desemprego, hoje, não é comparável com 2011” e deve-se a quatro fatores essenciais: a emigração de 500 mil pessoas, a falta de simetria entre a redução de emprego e o aumento do emprego, o “desencorajamento e falta de expetativas generalizados” e o Estado como o maior “empregador” de desempregados em formação profissional, com a criação “brutal” de “mais de 70 mil estágios profissionais”.

“Nunca como hoje o Estado foi tão importante na criação emprego. Isto não tem a ver com a atividade económica, mas com o empenho que este Governo tem em fabricar estatísticas com fundos estruturais europeus para criar a ilusão de que estamos a ter mais emprego em Portugal”, defendeu.

Ana Catarina Mendes citou ainda o INE para sublinhar que há “1,128 milhões de desempregados portugueses, mais 87 mil do que no segundo trimestre de 2011 e, destes, apenas 268 mil têm subsídio de desemprego”.