Portugal tem futuro

A iniciativa, realizada via videoconferência, é da Juventude Socialista (JS) e conta com a presença de especialistas na matéria e com a participação, na sessão de encerramento, dos secretários-gerais do PS e JS, António Costa e João Torres, respetivamente.

As videoconferências, em formato de entrevista/conversa informal, tratam assuntos como o contexto de saída do país destes jovens emigrados, oportunidades encontradas no estrangeiro, eventuais motivos de regresso e, acima de tudo, o que desmotiva o retorno a Portugal.

Recorde-se que o país vive uma das maiores vagas emigratórias da sua história recente.

Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), o número de emigrantes ascendeu a cerca de 110 mil portugueses em 2013, sendo que mais de um terço destes tinha uma idade compreendida entre os 20 e os 29 anos.

A atual crise e a falta de perspetivas de futuro são apontados como fatores importantes na tomada desta decisão. Só no ano passado, o desemprego jovem ultrapassou os 34%.

Portugal é, pois, um país mais envelhecido, que viu a sua população com menos de 30 anos diminuir em mais de 250 mil habitantes, ou seja 7%, e a população entre os 20 e os 29 diminuir em mais de 140 mil habitantes, O que corresponde a 11%.

Para a JS, estes números devem preocupar os portugueses pois “coloca em causa a sustentabilidade do nosso país, da sua Segurança Social, hipotecando igualmente a esperança de todos os jovens portugueses que pretendem ter um futuro digno e de qualidade no seu país”.

O PS e a JS sempre conviveram bem com o projeto europeu e com a possibilidade que este inaugurou, através do acordo de Schengen, da existência de um espaço de livre circulação de pessoas e bens. Mas, para os socialistas torna-se “inaceitável” que esta emigração seja motivada pela falta de alternativas que o nosso país apresenta e, ao mesmo tempo, que Portugal não seja capaz de cativar jovens de outros países.