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Portugal tem a vantagem competitiva de nunca se ter limitado a ser apenas europeu

Portugal tem a vantagem competitiva de nunca se ter limitado a ser apenas europeu

“Temos que aumentar o potencial de crescimento da economia portuguesa para manter o atual ritmo de evolução”, defendeu ontem em Lisboa, o primeiro-ministro, reconhecendo que o caminho se faz caminhando.

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Portugal tem a vantagem competitiva de nunca se ter limitado a ser apenas europeu

O chefe do Governo, António Costa, presidiu ontem à tarde no Palácio Foz, em Lisboa, à cerimónia de assinatura de um contrato entre a empresa portuguesa Vision-Box e o aeroporto internacional indiano de Bangalore, negócio em que a Vison-Box se propõe equipar esta infraestrutura aeroportuária, a terceira com maior movimento em toda a Índia, com tecnologia de gestão de passageiros baseada em biométrica.

Para o primeiro-ministro, a assinatura deste contrato é o símbolo daquilo que o Governo que lidera pretende para as relações entre Portugal e a Índia no século XXI, insistindo a este propósito nas “imensas oportunidades abertas pelo mercado da Índia às empresas portuguesas”.

Lembrando que a economia portuguesa “atravessa uma boa fase”, designadamente traduzida na assinalável e extraordinária redução do desemprego e com um desenvolvimento da sua economia que não crescia tanto desde a entrada do país no euro, António Costa sustentou que se os empresários e os investidores, as pequenas e médias empresas querem que Portugal mantenha a senda do progresso e de crescimento que hoje conhece e mantenha a sustentabilidade do seu atual desenvolvimento económico, “então é necessário aumentar o potencial crescimento da economia e as exportações”, apostando mais também na inovação, num “melhor aproveitamento dos recursos e na atração de mais população”, sem minimizar a necessidade de uma maior e mais forte presença de Portugal “no mercado global”.

Para além destas premissas, o primeiro-ministro aludiu ainda à necessidade de Portugal se abrir igualmente a novos mercados, não se ficando, como salientou, pelos “dez milhões nacionais ou pelos 500 milhões da União Europeia”, numa referência clara ao mercado indiano que é um dos maiores do planeta, frisando que “há todo um mundo à nossa espera”, e que uma das “grandes vantagens competitivas do país” reside no facto de os portugueses “nunca se terem limitado a ser europeus”.

À cerimónia presidida pelo primeiro-ministro, compareceram o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e a embaixadora da Índia em Lisboa, Nandini Singla, entre outras personalidades, que ouviram António Costa elogiar o progresso da economia indiana e o seu atual “enorme potencial”, lembrando a propósito que as exportações nacionais aumentarem 50% no ano passado, enquanto o comércio bilateral, em 2017, aumentou 16%, números que o líder do Executivo diz refletirem apenas uma “pequeníssima parte do enorme potencial que a Índia oferece”.