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Portugal quer manter ambição de crescimento para a próxima década

Portugal quer manter ambição de crescimento para a próxima década

O Secretário-geral do PS esteve no sábado em Portalegre e em Castelo Branco. António Costa apelou ao voto no PS, “porque aquilo que temos que garantir não são vitórias nas sondagens, são vitórias nas eleições”.

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Portugal quer manter ambição de crescimento para a próxima década

O líder do Partido Socialista, António Costa, percorreu o interior do país, este sábado, dia 14, no âmbito da pré-campanha para as eleições legislativas de 6 de outubro.

No comício realizado ao fim da tarde, no Mercado Municipal de Portalegre, António Costa reforçou o objetivo de a economia portuguesa crescer mais do que a da média europeia, mantendo a tendência dos últimos anos.

“Queremos crescer acima da média europeia, pelo menos, durante a próxima década, para, de uma vez por todas, nos aproximarmos dos países mais desenvolvidos da Europa e não ficarmos a marcar passo ou atrasarmo-nos como andámos durante 17 anos”, afirmou.

António Costa lembrou que Portugal “tem crescido acima da União Europeia”, o que constitui um facto histórico, visto que acontece “pela primeira vez, desde o início do século, em 2017, 2018 e, agora, em 2019”.

O Secretário-geral destacou os resultados do Governo socialista, nomeadamente no domínio do emprego, referindo que “a taxa de desemprego está praticamente a metade da que estava no início desta legislatura”, o que significa que “em termos líquidos são 350 mil novos postos de trabalho”, dos quais, acrescentou, “92 por cento não são contratos a prazo, são contratos definitivos”.

O emprego gerado criou “condições para que as famílias tenham mais rendimento, as empresas tenham mais confiança para investir e, sobretudo, para criar mais e melhores postos de trabalho”, afirmou.

Discursando no distrito com menos população do país, António Costa disse também que Portugal tem de “conseguir inverter a curva demográfica”, criando condições para que as famílias tenham os filhos que desejam.

Nesse sentido, o primeiro-ministro salientou as políticas e medidas implementadas pelo Governo, designadamente a política de habitação e o domínio o combate à precariedade, bem como na redução das desigualdades.

Apesar do sucesso alcançado, António Costa manifestou a vontade de fazer “mais e melhor”, porque “ainda há muitas famílias que passam dificuldades”, pelo que, segundo o líder do PS, é necessário “continuar a aumentar o abono de família” e “elevar o complemento solidário para idosos até ao limiar da pobreza”.

A terminar a sua intervenção, o Secretário-geral considera que é necessário dar “mais força para o Partido Socialista”, porque “é o PS que é a garantia do bom senso, equilíbrio e da responsabilidade”.

António Costa alertou para o perigo das sondagens que apontam para uma vitória clara do PS no dia 6 de outubro.

“Estejamos todos animados com o que as sondagens nos digam, mas, por favor, que ninguém se iluda e que ninguém fique tranquilo com as sondagens que recebemos. As eleições não se ganham nas sondagens, as eleições ganham-se com a soma dos votos no dia das eleições”, concluiu António Costa.

Investimento na ferrovia é fundamental para o interior

Antes do comício em Portalegre, o Secretário-geral do PS reuniu-se com militantes e simpatizantes socialistas num almoço-convívio em Castelo Branco.

No encontro, António Costa reforçou a importância do investimento na ferrovia, na ligação a Espanha, de modo a que “o interior deixe de ser as traseiras do litoral e passe a ser nossa porta avançada para crescermos” na península Ibérica.

“Nós dissemos que o interior tinha de deixar de ser visto como um problema para o país e que tinha que passar a ser visto como uma oportunidade para o país e que isso passava por duas coisas: em primeiro lugar, por valorizar os recursos próprios destas regiões e, por outro lado, por reforçar a ligação com Espanha, para que o interior deixe de ser as traseiras do litoral e passe a ser nossa porta avançada para crescermos no conjunto do mercado ibérico, afirmou.

O primeiro-ministro lembrou que governar implica fazer escolhas. “E por isso, quando nós escolhemos onde devíamos dar prioridade ao investimento, uma das prioridades que definimos na ferrovia foi a ligação a Espanha através da linha da Beira Alta e da linha da Beira Baixa”, afirmou.

Estas, acrescentou António Costa, “são obras que estão hoje a andar, estão no terreno e vão ser acabadas a tempo e horas para termos uma melhor ligação a Espanha”.

Mas a aposta do PS no interior do país não se limita à ferrovia: o investimento na rede viária é também uma política dos socialistas.

“Inscrevemos uma obra fundamental para ligar a A23 a Espanha que é o IC 31, e essa vai ser também uma outra realidade, porque é tão importante ligar o interior ao litoral, como mais importante ainda é ligar o interior a Espanha”, considerou.

A criação de emprego nas regiões do interior é outra política que tem vindo implementada e que o líder socialista pretende desenvolver e aprofundar, por forma a revitalizar todo o interior do país.

“É o emprego que permite fixar quem cá vive e atrair quem pode vir para cá viver. E foi por isso que ao contrário de outros que querem reduzir impostos para todas as empresas, sejam elas quais forem e estejam onde estiverem, nós entendemos que o que era necessário, era concentrar o esforço do beneficio fiscal nas empresas que se instalem no interior para aqui criarem postos de trabalho, fixarem população e que atraiam novos residentes”, afirmou António Costa.

Na sua intervenção, o líder do PS reforçou também o apelo para que exista uma forte mobilização de todos até ao dia 6 de outubro.

“Temos todos que nos manter mobilizados e a mobilizar os nossos amigos, os nossos colegas e os nossos familiares, porque aquilo que temos que garantir não são vitórias nas sondagens, são vitórias nas eleições e é por isso que nos estamos a bater”, concluiu António Costa.