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Portugal precisa de uma CGD forte e capitalizada ao serviço da economia

Portugal precisa de uma CGD forte e capitalizada ao serviço da economia

A trapalhada que o PSD tem persistido “inventar” sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD) mais não pretende do que “impedir a capitalização” do banco público, lançar a confusão, perturbar e tentar fazer o possível para que este processo corra mal, acusa o primeiro-ministro numa entrevista dada à agência Lusa.

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Portugal precisa de uma CGD forte e capitalizada ao serviço da economia

O primeiro-ministro classifica como “absolutamente irresponsável” a postura do PSD em relação ao processo de capitalização da CGD, lembrando que, enquanto Governo, “escondeu dos portugueses” a situação em que se encontrava o sistema financeiro, dando como exemplos, a responsabilidade que tem de assumir na “destruição do Banco Espírito Santo e do Banif”, questionando quantos mais “bancos teriam sido destruídos”, caso não se tivesse mudado de Governo.

Para António Costa, se a direita se tivesse perpetuado no Governo, o mais certo é que, “seguramente”, a Caixa seria o banco que se seguia, ou, pelo menos, “teria sido empurrada para uma privatização” que privaria os portugueses de terem um “instrumento fundamental ao serviço da economia”. 

Quanto às críticas consideradas como desajustadas que o PSD faz ao presidente da CGD, nomeadamente sobre o hipotético conflito de interesses de António Domingues, que na altura ainda fazia parte dos quadros do BPI, por ter participado em reuniões sobre o futuro do banco público meses antes de exercer formalmente funções na Caixa, António Costa foi claro ao defender como absolutamente “natural” que o indigitado presidente da CGD tenha previamente “discutido com o Governo aquilo que se proponha fazer”, como foi “natural” que o Governo, depois de ouvir António Domingues, “tenha aprovado aquilo que ele se proponha fazer”.

Mas como aquilo que António Domingues se proponha fazer, lembrou ainda António Costa, dependia e muito, de autorização da Comissão Europeia, seria, na opinião do primeiro-ministro, “absurdo” e uma “irresponsabilidade”, do Governo ou do novo presidente da Caixa, se “não tivéssemos tido o cuidado de verificar previamente, junto da Comissão Europeia, se havia ou não luz verde para a execução do plano”. 

Para o primeiro-ministro o que importa, e essa é a “opção fundamental do Governo”, é “despolitizar e despartidarizar”, de uma vez por todas, a administração da CGD, e fazer dela aquilo que deve ser, “uma empresa gerida profissionalmente”.

Obviamente, garantiu ainda o primeiro-ministro, é esse trabalho “que está a ser feito”, criticando o PSD por se comportar na oposição com uma “irresponsabilidade total” em relação ao processo de capitalização da CGD, “inventando casos sobre casos, falsas polémicas sobre falsas polémicas”, com o único objetivo, garantiu, de “evitar a concretização dos programas de capitalização e de reestruturação da Caixa e a execução do novo plano de negócios”, pretendendo o PSD com isto fazer esquecer o “seu passado na gestão do sistema financeiro”.

Para António Costa, o “essencial” é manter a CGD como um banco 100% público, assumindo-se como um “grande referencial de estabilidade” no sistema financeiro, garantindo as poupanças das famílias e um instrumento ao serviço da economia, considerando que o “resto não passam de questões laterais”.