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Portugal pode ter maior crescimento do século

Portugal pode ter maior crescimento do século

O ministro da Economia prevê que Portugal feche 2017 com o maior crescimento económico do século.

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Portugal pode ter maior crescimento do século

Em entrevista ao jornal espanhol “El País”, Manuel Caldeira Cabral começou por afirmar que o crescimento do PIB no segundo trimestre (2,9%) foi o maior dos últimos 17 anos e no semestre foi de 2,8%, salientando que desde 2010 que a economia portuguesa não crescia acima da média da zona euro em três trimestres consecutivos.

A receita, garante Caldeira Cabral foi acabar com o “espartilho da austeridade”.

“Acabamos com a austeridade e adotámos uma política moderada e responsável; devolvemos rendimentos aos trabalhadores e pensionistas e assegurámos aos cidadãos que não teriam mais cortes sociais. Assim se recuperou a confiança dos portugueses e dos investidores”, explicou.

Questionado sobre se o boom turístico foi o motor desta recuperação, o governante português referiu que “os motores são o investimento e as exportações, que estão muito diversificada”.

Relativamente ao setor do turismo, Manuel Caldeira Cabral destacou que a principal novidade é o crescimento do número de turistas provenientes de França, Alemanha, China, Índia e Estados Unidos.

“Crescemos em qualidade e os turistas aumentaram 11% este ano e a faturação 20%”, afirmou o governante, revelando que neste momento “estão em construção 200 hotéis, a maioria de quatro e cinco estrelas”.

A propósito do compromisso assumido pelo Executivo português liderado por António Costa de não basear a competitividade nacional nos baixos salário, Caldeira Cabral defendeu a necessidade de valorizar a produção nacional.

“Isso passa pelo design, a criação de marcas e a nossa integração na cadeia de valor”, pontualizou, deixando bem claro que os ordenados em Portugal não foram recortados, foi criado emprego e promovido o crescimento das exportações.

Ainda sobre a Web Summit tecnológica, o ministro da Economia frisou que o evento atrai 60 mil pessoas e também um investimento que, pela primeira vez, transfere áreas da engenharia, investigação e da tecnologia, conduzindo a uma alteração estrutural da economia portuguesa.