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Portugal no bom caminho

Portugal no bom caminho

O anúncio, feito pelo Primeiro-Ministro, António Costa, de Portugal ter pago no final da passada semana 1.700 milhões de euros ao FMI e de, com isso, ter feito baixar a dívida em mais de um ponto percentual do PIB, representa uma ótima noticia para o país, ao mesmo tempo que fez soçobrar o derradeiro argumento da Direita - ao qual esta se havia agarrado, qual náufrago a um madeiro - depois de se ter já comprovado a falácia de todos os demais argumentos que havia até então esgrimido.

Opinião de:

Portugal no bom caminho

Como bem se recordam, PSD e CDS começaram por sustentar que o OE/2016 nunca seria aprovado pela UE, e foi-o. Passaram então a dizer que o OE nunca poderia ser executado, e foi-o (compreendendo-se a sua incredulidade porquanto, em quatro anos, nunca o Governo PSD/CDS conseguira executar um só OE, tendo apresentado oito orçamentos retificativos e, mesmo assim, nunca logrando atingir as metas a que, a cada ano, se propusera). Passaram depois a dizer que o défice nunca seria cumprido, e foi-o. Foi-o, aliás, atingindo o valor mais baixo das últimas quatro décadas. Foi então que PSD e CDS, que durante quatro anos argumentaram que o défice tudo justificava – sem, porém, nunca o conseguirem cumprir, apesar de todos os cortes e sofrimento que a sua política de austeridade impôs e que conduziu ao agravamento da desigualdade social em Portugal -, passaram a tentar desvalorizar essa conquista do Governo (de que muito pouco tempo antes, recorde-se, diziam ser “aritmeticamente impossível” de cumprir), para passarem a argumentar que o crescimento da economia era quase inexistente e que a dívida pública estaria a crescer irresponsavelmente.

Pois bem, comprova-se agora que o PIB registou, no quarto trimestre de 2016, o maior, repito, o maior crescimento dos últimos três anos e que essa tendência se mantém em 2017 auspiciosa e, finalmente, mesmo para a dívida pública – que o PM anunciou ter descido cerca de um ponto percentual do PIB -, as previsões de Bruxelas apontam também para uma trajetória positiva, estimando-se que, até 2018, a dívida pública baixe cerca de 3% (de 130, 5% do PIB, em 2016, para 127,1%, em 2018)…

Num contexto de reposição e aumento de rendimentos, pensões e prestações sociais, de subida do salário mínimo e de diminuição do desemprego, o que aqueles que antes sustentavam não haver alternativa à sua política de austeridade verdadeiramente não suportam é que, hoje, resulte comprovado que havia mesmo alternativa.

Como bem sintetizou o insuspeito jornal norte-americano “Washington Post”, em recente edição: “O Governo Português provou que os seus críticos estavam errados, cortando o pesado défice orçamental do país para o valor mais baixo dos últimos 40 anos, apesar dos agoiros de que a sua política anti austeridade poderia levar ao desastre financeiro.”

Más notícias, portanto, para aqueles que, velada ou ostensivamente, desejavam que tudo tivesse corrido mal (metaforicamente retratados na desejada “vinda do Diabo”), mas boas, muito boas, notícias para Portugal e para os portugueses.

Portugal está no bom caminho!