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Portugal não tem licenciados a mais

Portugal não tem licenciados a mais

Um dos grandes desafios é mobilizar os jovens para a atividade política, defendeu António Costa ontem, na Figueira da Foz, durante um festival de música eletrónica, considerando que é importante devolver-lhes a esperança no futuro do país que tem atualmente um desemprego juvenil “brutal”.

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Portugal não tem licenciados a mais

Reconhecendo que há um longo caminho a percorrer e que ainda existe “alguma distância” entre os jovens e a política, o líder do PS lamentou que os últimos quatro anos de governação da direita tenham sido “muito duros” para os mais novos, designadamente, como referiu, ao nível do desemprego, “que é brutal” e da desistência do ensino superior, que é muito elevada.

Para António Costa, ao contrário da tese defendida pelo Governo, Portugal não tem licenciados a mais, “tem é empregos qualificados a menos”, aconselhando a coligação a inverter a sua estratégia e, em vez de andar a desperdiçar dinheiro, subsidiando empregos e estágios precários “para enganar as estatísticas”, invista na criação de postos de trabalho de qualidade, que “motivem e fixem os jovens”.

O líder do PS responsabilizou as políticas do Governo pela falta de empregos qualificados para as gerações mais novas, sustentando que a melhor forma de transferir conhecimento da Universidade para as empresas é através da “empregabilidade dos jovens licenciados”, não descurando o investimento em novos tipos de formação, diversificando a oferta ao nível do ensino secundário, designadamente na “oferta profissionalizante”, e do ensino superior, “promovendo assim a sua ligação ao mundo das empresas”.

Antes de participar nesta festa da música, que decorreu nos areais da praia da Figueira da Foz, em que se deixou fotografar na companhia de muitos jovens, António Costa passeou pelo Bairro Novo, no centro da cidade, sendo muito saudado e frequentemente abraçado pela população.