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Portugal liquidou a totalidade do empréstimo ao FMI

Portugal liquidou a totalidade do empréstimo ao FMI

O Governo português pagou esta segunda-feira toda a sua dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Para o ministro Mário Centeno, o facto de Portugal ter concretizado o pagamento do valor remanescente, cerca de 4,7 mil milhões de euros do empréstimo que contraiu no âmbito do programa de assistência económica e financeira, permite “tornar mais sustentável a dívida nacional e aumentar a credibilidade da economia junto dos investidores”.

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Portugal liquidou a totalidade do empréstimo ao FMI

Falando ontem de manhã, em Lisboa, em conferência de Imprensa especialmente organizada para anunciar que Portugal vai concretizar o pagamento do valor remanescente do empréstimo que contraiu junto do FMI em 2015, de 28 mil milhões de euros, o ministro Mário Centeno defendeu que esta decisão do Governo vai, muito em breve, trazer resultados positivos para a “sustentabilidade e otimização da gestão da dívida pública portuguesa”, mas também ajudar a aumentar a confiança dos investidores na economia nacional.

Segundo o governante, com este pagamento antecipado do valor remanescente ao FMI, Portugal vai poupar cerca de 100 milhões de euros em juros, sendo que, como lembrou Mário Centeno, com os vários pagamentos antecipados feitos pelo Governo nos dois últimos anos, as poupanças acumuladas chegam a 1,16 mil milhões de euros.

O ministro das Finanças defendeu que estas operações de pagamentos antecipados se têm revelado de uma “enorme importância para a sustentabilidade das contas públicas”, permitindo “poupanças significativas em juros”, salientando que o recurso ao refinanciamento destes empréstimos a uma taxa mais baixa tem permitido uma “redução geral dos custos com o financiamento da República”.

Baixar a dívida

O titular da pasta das Finanças teve ainda oportunidade para reiterar que o Governo mantém o objetivo de baixar o rácio da dívida no produto para 121,2% ainda este ano, “3,5% abaixo do que se registava em finais de 2017”, e de reduzir ainda o valor para 118,5% em 2019, garantindo que Portugal mantém “uma importante almofada de liquidez para enfrentar eventuais turbulências de mercado”, com reservas que “cobrem 44 % das necessidades de financiamento nos próximos 12 meses”.

A este propósito, o ministro das Finanças referiu que Portugal sem a continuação da exigência de contas públicas equilibradas e sustentáveis, não pode esperar ter de futuro mais e melhor investimento ou “continuar com o processo de recuperação dos rendimentos”.