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Portugal inscreve mais dois monumentos históricos no Património da Unesco

Portugal inscreve mais dois monumentos históricos no Património da Unesco

O Palácio Nacional de Mafra e o Santuário do Bom Jesus, em Braga, passaram a integrar a lista da Unesco do Património Cultural Mundial, uma decisão que ocorreu este domingo durante a 43ª sessão do respetivo Comité, em Baku, no Azerbaijão.

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O Comité do Património Mundial da Unesco, que está reunido em Baku, entre 30 de junho e o próximo dia 10 de julho, distinguiu mais uma vez o património português ao integrar na sua lista dois novos monumentos nacionais, o Palácio Nacional de Mafra e o Santuário do Bom Jesus, em Braga, passando Portugal a dispor de 17 bens inscritos na prestigiada lista.

Para o primeiro-ministro, trata-se de mais um “motivo de grande orgulho para Portugal” e um prémio para o trabalho de muita gente que tem contribuído ao longos dos anos para a conservação e preservação do riquíssimo património construído português, dirigindo ainda António Costa um agradecimento especial a todos os que contribuíram para o desfecho desta decisão.

Também a ministra da Cultura se manifestou “muito satisfeita e orgulhosa” com esta distinção da Unesco, que classificou todo o conjunto do Palácio Nacional de Mafra, incluindo a Basílica, o Convento, o Jardim do Cerco e a Tapada de Mafra, e o Santuário do Bom Jesus, chamando ainda a atenção para o facto da Unesco ter classificado como Património Mundial dois “magníficos monumentos” que se distinguem por uma “enorme diversidade”.

Ainda segundo Graça Fonseca, tratam-se de dois monumentos que são “testemunhos vivos da nossa história”, agradecendo de forma especial a “todos os que trabalharam para esta distinção”, um agradecimento que foi igualmente acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, com Augusto Santos Silva a referir que esta é uma merecida distinção de uma das obras mais “emblemáticas e magnificentes do Rei D. João V”.

A ministra Graça Fonseca referiu-se ainda ao reconhecimento do Santuário do Bom Jesus de Braga, lembrando que este monumento é formado por um “conjunto arquitectónico e paisagístico construído e reconstruído a partir do século XVI”, no qual, como acrescentou, se “evidenciam os estilos barroco, rococó e neoclássico”.

Para o Governo português, o anúncio desta decisão da Unesco fica “bem assinalado”, também porque, de forma emblemática, coincide com o 40º aniversário da adesão de Portugal à Convenção para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural em Portugal, aprovada pelo decreto-lei 49/79 de 6 de junho.

Os dois monumentos agora distinguidos vão juntar-se à lista dos outros bens portugueses que já integram o Património Mundial da Unesco, onde está o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, em Lisboa, o Convento de Cristo, em Tomar, o Mosteiro da Batalha e a Zona Central da Cidade de Angra do Heroísmo, nos Açores, o Centro Histórico de Évora, o Mosteiro de Alcobaça, a Paisagem Cultural de Sintra, o Centro Histórico do Porto, a Ponte Luiz I e o Mosteiro da Serra do Pilar, bem como os Sítios pré-Históricos de Arte Rupestre e o Vale do Rio Côa.

A lista é ainda estendida à Floresta Laurissilva, na Ilha da Madeira, ao Alto Douro Vinhateiro, ao Centro Histórico de Guimarães, à Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico nos Açores, à Cidade-Quartel Fronteiriça de Elvas e às suas fortificações, e ainda à Universidade de Coimbra.