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Portugal está hoje melhor preparado e equipado para combater incêndios florestais

Portugal está hoje melhor preparado e equipado para combater incêndios florestais

O país estás dotado de mais meios humanos e técnicos “como nunca antes esteve” para enfrentar o problema dos incêndios florestais. A garantia foi ontem deixada no Parlamento pelo ministro da Administração Interna, que reforçou esta sua certeza com o facto, como salientou, de a prevenção ter sido “a prioridade deste inverno”.

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O ministro Eduardo Cabrita foi ontem à Assembleia da República garantir aos deputados que o país está hoje mais preparado e dotado “com respostas efetivas”, como nunca antes esteve, para replicar aos problemas reais que possam ser colocados pelos incêndios florestais.
Respondendo a uma interpelação de um deputado do CDS, o ministro da Administração Interna garantiu que o Governo e o Ministério que lidera tudo fizeram neste período de inverno para assegurar que no próximo verão os incêndios florestais possam ser combatidos eficazmente e com o menor dos prejuízos possíveis, referindo que esta certeza lhe advém, como salientou, do facto de ao contrário do que antes sucedia a “prevenção ter sido a prioridade deste inverno” para o Governo.
O ministro respondia assim, não só ao deputado do CDS, mas também a um deputado do PSD, sobre os alegados atrasos da preparação da próxima época de incêndios florestais, tese que Eduardo Cabrita refutou, lembrando aos deputados que o trabalho que está no terreno e a organização que foi possível montar para combater com êxito os futuros incêndios florestais do próximo verão, são uma “vitória dos portugueses”, das autarquias e dos proprietários e de “todos aqueles que se mobilizaram no esforço nacional de limpeza das florestas”.
Quando à expressão “época de incêndios”, Eduardo Cabrita contestou o conceito propalado e defendido pelos deputados da direita, sublinhando que a noção “já não faz qualquer sentido”, e isto, como lembrou, porque no ano passado as maiores tragédias com os fogos nas florestas nacionais ocorreram durante os meses de junho e de outubro e não nos meses comummente aceites como sendo os meses de verão.
Perante este novo quadro, o ministro anunciou no Parlamento dois novos passos que considerou determinantes para uma maior e mais adequada capacidade de prevenção, mas também de combate aos incêndios florestais. Por um lado, como referiu, porque vai passar a existir “uma gestão flexível” de meios aéreos que passarão a estar “disponíveis durante todos os meses do ano”, e, por outro lado, porque se está a avançar com o maior nível de profissionalização “que jamais existiu” de bombeiros voluntários.

Mais equipas no terreno
Quanto a novas equipas e ao reforço de profissionais, Eduardo Cabrita anunciou que nos próximos meses vão estar disponíveis e preparadas para intervir “mais 79 novas equipas”, o que permitirá, como referiu, aumentar para 1300 os bombeiros profissionais apoiados pelo Estado, garantindo que até ao final deste ano de 2018 haverá um total de “300 equipas profissionais nos bombeiros a nível nacional”.
O titular da pasta da Administração Interna recordou ainda o recente aumento de mais 500 elementos no Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR, que “vão combater os incêndios em todo o país”, e o reforço que também houve no Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), com mais guardas e sapadores florestais.
Outra garantia deixada no Parlamento pelo governante tem a ver com a nova diretiva operacional e com a também nova diretiva financeira, ambas “feitas em diálogo com a Liga dos Bombeiros Portugueses”, e que vão estar, como anunciou, “concluídas nas próximas duas semanas”.

Rede de emergência reforçada
Quanto ao Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), Eduardo Cabrita, depois de referir que esta rede esteve “indisponível, em 2017, cerca de 9 mil horas”, aconselhando a que se tire desta realidade e desta informação, “sem demagogias”, as responsabilidades necessárias, anunciou de que estão a ser instaladas “451 antenas nas áreas consideradas de maior risco de incêndio”, tendo sido já adquiridas as “unidades móveis que vão integrar o SIRESP”.