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Portugal e Reino Unido reforçam aliança e parceria bilateral

Portugal e Reino Unido reforçam aliança e parceria bilateral

As relações entre Portugal e o Reino Unido, após o Brexit, vão continuar a ser “o que sempre foram”, garantiu ontem o primeiro-ministro, António Costa, em Londres, à sua homóloga britânica, Theresa May.

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Portugal e Reino Unido reforçam aliança e parceria bilateral

Com a saída do Reino Unido da União Europeia agendada para 29 de março de 2019, o primeiro-ministro português foi ontem a Londres garantir à sua homóloga britânica, Theresa May, que as relações dos dois países, pós-Brexit, vão continuar a ser o “mais próximas possível”, tendo ouvido da líder do Governo britânico a garantia de que o Reino Unido “valoriza a nossa já longa parceria”, uma “velha aliança”, como acrescentou António Costa, que “dura há sete séculos”.
António Costa está em Londres para uma visita de dois dias, que começou ontem com uma reunião em Downing Street, com Theresa May, e um encontro na embaixada de Portugal com a comunidade nacional residente no país, calculada em perto de 400 mil portugueses, comunidade que se encontra apreensiva em relação ao seu futuro num Reino Unido pós-Brexit, e participado no Fórum organizado pela Aicep para empresas de topo britânicas no “Portugal-UK Economic Forum”.
A este propósito, o primeiro-ministro, depois de recordar que as boas relações entre os dois países “já são muito anteriores à própria existência da União Europeia”, garantiu não haver nenhum problema que impeça que estas boas relações bilaterais não possam “continuar como até aqui”, mesmo após o Reino Unido sair da União Europeia.
Segundo o primeiro-ministro, o desejo de Portugal é que este bom entendimento entre os dois “velhos aliados” se possa estender agora para outros domínios, designadamente, “cooperação na área das ciências e da investigação científica”, mas também no “ensino superior e no aprofundamento das relações económicas”, sendo que neste último caso, como sublinhou o chefe do Governo português, o investimento britânico quintuplicou em 2017 relativamente ao ano transato.
Neste sentido, António Costa manifestou o desejo de que, mesmo depois do Brexit, as relações económicas entre os dois países se fortaleçam, não só como fortes parceiros comerciais, mas sobretudo, como acrescentou, “ao nível do investimento”, para além de Portugal continuar a contar com o Reino Unido, salientou, “como o principal mercado emissor de turismo”.
O primeiro-ministro português falava aos jornalistas à saída do número 10 da Downing Street, residência oficial do chefe do Governo britânico, tendo referido que o principal tema do encontro com Theresa May foi sobre a saída do Reino Unido da União Europeia e o impacto do Brexit na situação dos cidadãos portugueses que vivem e trabalham no Reino Unido e dos britânicos que residem ou visitam habitualmente Portugal.

Europa próxima do Reino Unido
Admitindo que as futuras relações comerciais “serão definidas” no quadro das negociações entre o Reino Unido e a União Europeia, o primeiro-ministro, António Costa, não deixou, contudo, de defender que esta futura relação deve ser “o mais próxima possível”, recordando o que há muito vem dizendo, de que o “Reino Unido sai da União Europeia, mas não sai da Europa”, continuando a ser um “vizinho, um aliado e um parceiro económico e amigo de Portugal”.