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Portugal e Espanha assinam plano de cooperação para o próximo biénio

Portugal e Espanha assinam plano de cooperação para o próximo biénio

Portugal e Espanha aproximaram as suas estratégias em matéria da cooperação no emprego e na proteção social, tendo para o efeito o ministro Vieira da Silva e a congénere espanhola, Magdalena Valério assinado um Plano de Atividades para 2019/2020 que praticamente duplica, como reconheceu o ministro português, as atuais áreas de cooperação.

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Portugal e Espanha assinam plano de cooperação para o próximo biénio

Com efeito, e após a assinatura deste novo Plano de Atividades de cooperação entre os dois países Ibéricos, plano que terá uma validade para este e o próximo ano, aumentou para “mais de 40 as áreas de cooperação”, que vão desde a economia social à política de emprego, da inspeção de trabalho à política de formação, referiu o ministro português do Trabalho, Vieira da Silva numa entrevista conjunta com a sua homóloga espanhola às agências Lusa e Efe.

Segundo o ministro Vieira da Silva, uma das áreas a que ambos os governos vão dar especial prioridade tem a ver a “cooperação transfronteiriça”, iniciativa que vai permitir uma “troca de informações” constantemente atualizadas sobre oportunidades de emprego em ambos os países, diligência que é encarada tanto por Vieira da Silva como por Magdalena Valério como uma “questão decisiva”.

Uma questão que por ser decisiva mereceu já alguma atenção por parte de ambos os governos em anteriores acordos de cooperação, recordando a este propósito o ministro Vieira da Silva que no âmbito transfronteiriço os dois países “têm já várias experiências” ao nível da inspeção do trabalho e das prestações de desemprego, garantindo, contudo, haver agora a “ambição de fazer mais e de ir mais além”, e de estender esta questão também aos restantes países europeus.

Programa Regressar é exemplo

Já a ministra do Trabalho espanhola, depois de recordar a “tradição de trabalho conjunto” entre os dois países e de reafirmar a vontade de “aprofundar e intensificar” esta cooperação, anunciou que o seu Ministério tem vindo a estudar e a “recolher ideias” sobre o recente programa lançado por Portugal para incentivar o regresso dos milhares de nacionais, jovens e menos jovens que saíram do país sobretudo em virtude da crise económica, lembrando que um fenómeno idêntico foi também registado no seu país, tendo na altura, como garantiu, saído de Espanha “mais de um milhão de pessoas”.

Um programa que para o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, assume um carácter de especial significado para o futuro da economia portuguesa, com claros reflexos igualmente no país vizinho, numa altura, como referiu, em que a Europa está em “pleno desenvolvimento do Pilar Europeu de Direitos Sociais”, o que aumenta a importância desta iniciativa para os dois países Ibéricos que em conjunto” são um dos maiores blocos da União Europeia”.

O ministro português teve ainda ocasião, nesta entrevista conjunta, de lembrar que hoje existe entre os dois governos ibéricos “um entendimento quase a 100%”, sustentando que o facto de ambos os governos intervirem na Europa a duas vozes combinadas, “dá-nos uma força ainda maior”.

Se a União Europeia está hoje “mais bem preparada” e dispõe de mais instrumentos de “investimento e monetários” do que tinha em 2008 para enfrentar futuras eventuais “oscilações e a turbulências”, nem por isso, como referiu o ministro português, o trabalho está todo feito, reafirmando que se Portugal e Espanha “precisam de mais Europa”, como também a Europa “precisa de mais Portugal e de mais Espanha”.