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O vício do engano

O vício do engano

Pedro Passos Coelho não aprendeu nada com os erros que cometeu e tenta agora justificar o que justificação não tem. Para o primeiro-ministro, “o engano é uma espécie de vício”, declarou o Secretário-geral do PS.

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TRABALHO E QUALIDADE DE VIDA

“Há quatro anos, quis enganar todos, prometendo que não cortava o que cortou, nem aumentava o que aumentou, e agora quer o engano do emprego”, afirmou António Costa em Baião, onde iniciou um périplo pelos vários concelhos do Tâmega e Sousa, nos quais visitou centros de saúde em Amarante, Penafiel, Felgueiras, Lousada, Paredes, Paços de Ferreira e Porto.

Na ocasião, o líder socialista comentou a entrevista do chefe do Governo PSD/CDS à SIC, considerando ter sido a prestação “de alguém que está a tentar explicar as mentiras que fez no passado, que revela que não aprendeu nada com os erros que cometeu e que não disse uma palavra sobre o futuro”.

“A política deste Governo falhou. O primeiro-ministro não só não se consegue desembrulhar das mentiras que contou há quatro anos, como não é capaz de assumir os erros da sua governação”, vincou António Costa, responsabilizando o Executivo Passos / Portas pela destruição de 320 mil postos de trabalho.

Lamentando o “enorme aumento do desemprego e da emigração ao longo destes anos”, António Costa criticou Passos por “vir pretender, como um sucesso da sua política, o aumento do emprego”.

Isto, sublinhou, “é não ter noção da realidade do país em que estamos”.

O secretário-geral do PS defendeu, por outro lado, que “a boa solução para o governo do país é uma maioria absoluta do Partido Socialista”, acrescentando que o que lhe compete fazer é “trabalhar com rigor e seriedade, para que os portugueses sintam que merecemos a confiança para ter essa maioria”.

“As pessoas vivem com o terror de manter este primeiro-ministro, este Governo e esta política de fracasso”, afirmou, sublinhando que os portugueses “anseiam” uma “alternativa de confiança, que resulta do trabalho de rigor que temos feito nos últimos meses”.

Depois de recordar que o PS, antes de assumir compromissos, fez as contas para poder saber bem com o que se pode comprometer, António Costa assinalou que os socialistas não estão a “fazer promessas”, mas a “fazer compromissos com base num estudo muito rigoroso”.