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O sexo e a Juventude Popular

O sexo e a Juventude Popular

A Juventude Popular cedeu à técnica “trumpista” da proposta destinada ao Twitter. Conseguiu. Mas, como Donald Trump, assume uma total ignorância, já que não quero acreditar que as questões que se relacionam com Deus e que devem ser assumidas no pensamento se tenham transportado para as questões do prazer e transpostas para a ação.

Opinião de:

O sexo e a Juventude Popular

Conviria que os jovens populares se vissem ao espelho. Acredito que haja por aquelas bandas gente que acha que ver, no sentido de usar os olhos, faz mal à saúde, que andar, no sentido de caminhar, faz mal ao corpo. Ou seja, que usar o corpo integral faz mal a qualquer coisa que não me atrevo a identificar.

O Homem nasceu e mantem-se animal. Antes de racionalizar e de ser capturado pelas dominâncias inquisitivas usava-se como lhe competia, compunha-se na relação com os outros seres para duas coisas – ser macho ou fêmea e procriar. À medida que se foi fazendo pensador também foi assumindo limites, muitas vezes inseridos pelos que tudo faziam mas que não permitiam que todos os outros o fizessem, as castas perversas. As limitações religiosas foram sendo trabalhadas para que o Homem se limitasse muito a si próprio.

Esse Homem, sublimado em João Morgado e eternizado por Natália Correia, desgraduou o prazer, consagrou uma espécie de eunuco na prática, mesmo que leviano no pensamento.

As novas gerações fazem bem, não estão para juntar o que não juntável, não se resignam a obliterar o prazer para se limitarem à prática subjacente à paixão momentânea, ou à mais longa a que muitos chamam amor, muito menos resignando perdidamente em favor do ter filhos biológicos.

Quanto a Escola assume a educação sexual ela está a ir mais além do que a antropologia, a sociologia e a psicologia consagram, está a encontrar as formas que parecem mínimas para garantir o equilíbrio emocional, a menorização da promiscuidade e a prudência para a saúde. É isso. Os jovens populares, sim, jovens do CDS, querem é mesmo que os jovens esqueçam o corpo, uma vez que em sua vontade também lhe limitavam a mente.

Eu sou um atávico socialista que nas questões da “vida” não segue a cartilha maioritária do PS. Mas não sou totalitário no que se refere ao sexo e ao prazer. O que existe deve ser usado e quem sou eu para vestir a pele de “homem do lápis azul”? Até porque os jovens, mesmo os do CDS, sabem mais de tudo isto do que eu…