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O ESTADO DA NAÇÃO

O ESTADO DA NAÇÃO

Quando se aprecia o Estado da Nação, deve-se começar por dizer - manda a mais elementar Justiça - que somos uma velha e grande Nação, com quase nove séculos de história. Somos, também, um grande povo, honrado e trabalhador, muito apreciado no estrangeiro, como prova a elevada cotação dos nossos emigrantes por esse mundo fora. E ainda um dos países mais seguros e pacíficos do nosso planeta. Atributos não nos faltam.

Opinião de:

O ESTADO DA NAÇÃO

Não há razão nenhuma para não acreditarmos em nós próprios. Somos tão bons ou melhores do que os outros. Com o Governo PS, Portugal melhorou substancialmente. Depois dos tempos negros de Passos e Portas, a confiança voltou aos portugueses. Pedrógão Grande e Tancos foram acidentes de percurso, a que nenhum país está a salvo, e que não nos vencem, nem abalam a nossa reconquistada confiança. Há sempre um outro momento menos bom na história dos povos. O essencial é seguir em frente. Como diria o poeta, o caminho faz-se caminhando. Deixámos também de ser uma colónia da Alemanha.

Quando a Merkel dizia mata, Passos dizia esfola. A soberania e a independência nacionais foram readquiridas. Costa impôs-se. Não houve mais cortes nos rendimentos das pessoas. A austeridade acabou! O PSD e o CDS roubaram e enganaram os portugueses e a economia teve um péssimo desempenho. O crescimento económico chegou a ter valores negativos e houve défices de quase 8 por cento!  Em 2015, já na passagem de testemunho, Passos averbou 1,6 no crescimento e 4,40 no défice, números muito aquém dos 2,8 e 2,1 do PS. O melhor défice do anterior Governo foi mais do dobro que o atual. Para quê mais palavras? Mário Centeno, o Ronaldo da Ecofin, bateu largamente Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque. E António Costa esmagou Passos Coelho, em todos os domínios, ao ponto da sondagem do Expresso, do fim-de-semana, efetuada depois de Pedrógão e Tancos, dar o PS a subir, ultrapassando a casa dos 40 por cento. A Nação está, de facto, com saúde. Os portugueses sabem-no. Vivem hoje melhor.

A paz institucional, a paz social e a paz nas ruas apresentam-se também como uma realidade. Marcelo e Costa, sendo de famílias políticas diferentes, protagonizam um entendimento exemplar e profícuo. As demissões dos secretários de Estado, e as mexidas no Governo a este nível, ficando os ministros de pedra e cal, são uma saída airosa e inteligente que fará amainar a situação política. Cristas faria melhor se olhasse mais para o que o seu partido roubou aos portugueses do que para os ministros da Administração Interna e da Defesa, que são pessoas idóneas e responsáveis. A demissão dos secretários de Estado por serem arguidos, com o propósito de não prejudicar o Governo, coloca uma questão. Como se explica que cessem funções, por serem arguidos – não acusados nem condenados- quando Isaltino, que esteve preso, é candidato a um cargo político? A Nação está bastante melhor, mas atrás de tempo, tempo virá. Com o PS. O regresso da direita seria a tragédia maior.