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Nova USF da Baixa significa inclusão, modernização e sustentabilidade

Nova USF da Baixa significa inclusão, modernização e sustentabilidade

A nova Unidade de Saúde Familiar (USF) da Baixa de Lisboa simboliza, simultaneamente, as políticas de "inclusão social" e de sustentabilidade e modernização do Serviço Nacional de Saúde (SNS), conforme sublinhou o primeiro-ministro, durante a cerimónia de inauguração desta valência.

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A Via da Esquerda

António Costa começou por referir que, entre o momento da assinatura do protocolo para a construção e o fim das obras da USF da Baixa, passaram “dois presidentes de câmaras (ele próprio e agora Fernando Medina) e três governos distintos” (primeiro um socialista de José Sócrates, depois do PSD/CDS-PP e o atual).

“Portanto, é com grande satisfação que hoje posso estar aqui a assistir a esta inauguração”, sublinhou, lembrando que quando iniciou as suas funções de autarca na presidência da Câmara de Lisboa, em 2007, encontrou os centros de saúde da cidade num estado de “vergonha”.

Sobre a USF da Baixa, Costa salientou salientando a importância de a cidade ser um espaço de inclusão.

“A visão desta USF corresponde ao espírito do SNS, sobretudo por aquilo que representa enquanto maior conquista do Estado social em Portugal”, reforçou.

No plano político, o primeiro-ministro reconheceu que ainda existem carências ao nível da saúde hospitalar, mas colocou as prioridades de ação do seu Governo em torno do funcionamento dos centros de saúde e dos serviços de cuidados continuados.

E disse ainda que o objetivo do Governo “é haver cada vez melhores serviços ao nível da proximidade”.

Segundo Costa, a nova USF da Baixa é “simbólica” pelo que representa no sentido de se criarem “condições para que cada vez mais a cidade seja habitada pelos seus residentes, que encontram na cidade os serviços de proximidade que necessitam”.

“Mas também é simbólica por ser um espaço de inclusão, integrando todas as populações que aqui vivem, independentemente da sua origem”, vincou.

Instrumento de inclusão

Além de António Costa, a inauguração da USF da Baixa contou com as presenças do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e dos presidentes das juntas de Freguesia de Arroios, Margarida Martins, e de Santa Maria Maior, Miguel Coelho.

Fernando Medina considerou que a nova Unidade de Saúde Familiar, no Martim Moniz, vai ser um “extraordinário instrumento de inclusão” do ponto de vista social, económico e cultural.

Medina apontou que, “entre Santa Maria Maior e Arroios, [são] porventura mais de 80 nacionalidades” que se cruzam, o que as constitui como das mais heterogéneas e mais diversificadas freguesias da cidade de Lisboa.

Já em funcionamento, a USF da Baixa vai servir “mais de 15 mil pessoas”, indicou o autarca, que espera que a unidade tenha um “papel estratégico na reabitação da baixa da cidade”.

Também a “construção do Hospital Oriental vai permitir, em conjunto com este centro de saúde, desbloquear o desenvolvimento de toda a Colina de Santana”, precisou.

A USF da Baixa nasceu de uma parceria entre a ARSLVT e a Câmara de Lisboa, à qual se associou a Estamo (empresa pública gestora das participações imobiliárias do Estado), e está instalada em espaços municipais.

Com a abertura desta unidade da Baixa, o Agrupamento de Centros de Saúde Lisboa Central passa a ter em funcionamento 11 USF, seis Unidades de Cuidados Personalizados, duas Unidades de Cuidados na Comunidade, uma Unidade de Saúde Pública e uma Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados.

Também presente na cerimónia, o titular da pasta da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, observou que é necessário olhar “de uma vez por todas para a região de Lisboa e Vale do Tejo como ela nunca foi encarada”, pois “nunca houve uma visão integrada de um território tão vasto, tão densamente povoado, com tantos problemas sociais”.