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Nova geração de políticas industriais reforça coesão e convergência

Nova geração de políticas industriais reforça coesão e convergência

A Europa tem de avançar rápido para uma nova política industrial que “reforce a coesão e promova a convergência”, defendeu o primeiro-ministro, na Assembleia da República, no debate preparatório do Conselho Europeu de 21 e 22 de março.

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Nova geração de políticas industriais reforça coesão e convergência

Falando ontem no Parlamento, no debate que antecede o próximo Conselho Europeu, António Costa defendeu que os Estados-membros da União Europeia têm de se entender e definir uma nova política industrial que “reforce a coesão e promova a convergência”, justificando que a Europa tem de criar melhores condições para “investir no sistema de inovação”, mas também na “modernização tecnológica do tecido empresarial”.

Medidas e iniciativas que, segundo António Costa, não podem apenas ser aplicadas e eventualmente reforçadas na criação de “campeões europeus”, ou seja, nas economias mais fortes do centro da Europa, com “sacrifício das demais”, sustentando que uma nova política industrial deve, pelo contrário, privilegiar o conjunto dos 27 Estados da União Europeia.

Ainda segundo o líder do Governo socialista, a “economia do futuro”, assente na inovação, terá de se organizar numa “construção em rede”, tendo tudo a ganhar se souber aproveitar as “sinergias criativas do saber gerado em outros territórios”, mas também da “capacidade de mobilizar e integrar em cadeias de valor internacional o enorme potencial que é produzido pelas pequenas e médias empresas do conjunto da União Europeia”.

É neste quadro e com estes pressupostos que o primeiro-ministro garantiu ver o futuro da economia portuguesa, apoiada e fundamentada numa política industrial que seja amiga da coesão, da convergência e da inovação, mas também do “crescimento e da criação de mais e de melhor emprego”.

Brexit: evitar uma saída sem acordo

Quanto ao ‘Brexit’, António Costa garantiu que Portugal se vai apresentar no próximo Conselho Europeu pronto a defender “passos concretos” para que todo este processo possa ser observado num cenário, não só de maior “confiança”, mas também de “previsibilidade”.

Depois de lembrar que a posição de Portugal em relação ao ‘Brexit’ “é clara”, de que tudo tem de ser feito para evitar o pior dos cenários, que seria uma saída sem acordo, António Costa referiu, contudo, que será “bem-vinda” a hipótese de adiamento, “desde que não seja um passo de dilação que prolongue a incerteza”.

O líder do Governo fez ainda questão de reafirmar que apoiar o Reino Unido a encontrar soluções que evitem uma saída sem acordo, é estar igualmente a contribuir para criar estabilidade nos restantes países da União Europeia e evitar que se abra um quadro de volubilidade na atividade económica das empresas.

Já na parte final da sua intervenção, e numa antevisão de mais uma cimeira sino-europeia, o primeiro-ministro referiu-se às relações económicas entre a União Europeia e a China, lembrando que são “duas grandes zonas económicas que têm tudo a ganhar com a cooperação”, aconselhando que ambos os lados saibam “respeitar os standards de cada um”, devendo procurar um entendimento e “convergir” acerca de temas como os relacionados com as questões de ordem social, ambientais e de segurança alimentar.