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NO QUE DEPENDIA DO GOVERNO, 2017 FOI EXCELENTE

NO QUE DEPENDIA DO GOVERNO, 2017 FOI EXCELENTE

O primeiro-ministro disse, na passada semana, em Bruxelas, que 2017 foi um ano particularmente saboroso para Portugal. A afirmação de Costa é, sem dúvida, verdadeira. E aos políticos pede-se, acima de tudo, que falem verdade. O nosso país saiu do Procedimento Por Défice Excessivo e duas vezes do lixo! Mário Centeno foi eleito Presidente do Eurogrupo. Contra factos não há argumentos. A realidade impôs-se por si.

Opinião de:

NO QUE DEPENDIA DO GOVERNO, 2017 FOI EXCELENTE

As catástrofes naturais não podem, de forma alguma, denegrir o sucesso português ou qualquer outro. Não há nenhum país do mundo que esteja a salvo de tragédias. E estas não devem nunca servir para julgar a Acão dos Governos. Se assim fosse, seria absurdo! Os fenómenos da natureza não podem ser imputados ao homem. Fiquei um pouco admirado por ver alguma comunicação social eleger Marcelo Rebelo de Sousa personalidade do ano. Penso que seria mais justo se a escolha recaísse em António Costa.

O Presidente nada tem a ver com o nosso sucesso, porque não governa. A política que tem sido bem-sucedida não é dele, mas do PS. Os louros so podem ser reivindicados pelo Governo presidido por António Costa. Seria, com efeito, mais lógico e sensato elegê-lo homem do ano. O bom desempenho de Portugal tem sido tao visível e notório, que alguns, nomeadamente Marcelo, até o apelidam de milagre. O primeiro-ministro esclarece, no entanto, que a subida do rating português não é fruto de milagres, mas das boas políticas que estão a ser seguidas. Os resultados que temos alcançado, acrescentou Costa, são fruto “do trabalho dos portugueses, do investimento dos empresários e da forma como o Estado tem sabido implementar boas políticas”. O primeiro-ministro salientou “que temos de nos concentrar em dar continuidade às boas políticas”. O Portugal de Abril, como já tenho referido, atravessa o melhor período de sempre. 

A própria emigração regista o valor mais baixo dos últimos cinco anos. Pela primeira vez, e num curto espaço de tempo, fomos campeões da Europa em economia, música e futebol! O prestígio de Portugal além-fronteiras cimenta-se dia-a-dia. A afirmação do nosso país no mundo ganha contornos cada vez mais nítidos. O bem-estar e o rendimento dos portugueses continuam a aumentar, mas o principal partido da oposição, o PSD, tarda em acordar para a realidade e em se conseguir afirmar. A confusão está instalada nos ditos sociais-democratas. As trapalhadas com os debates e o fraco nível da campanha, com ataques pessoais, fazem-nos duvidar da capacidade de se assumirem como alternativa. É este desnorte e debilidade que têm para nos oferecer? A aposta no acordo de esquerda apresenta-se como a mais credível, tanto mais que o CDS também não convence ninguém. Nem os próprios.

Alguns pequenos atritos que surgiram entre os partidos da maioria parlamentar parecem-me totalmente ultrapassados. A ‘geringonça’ vai entrar no novo ano com saúde e com o Orçamento já promulgado. O acordo de esquerda nunca representou a perda de identidade de cada um dos partidos. Creio, no entanto, que Catarina Martins foi longe de mais ao afirmar que o PS é um partido permeável aos interesses económicos. Carlos César respondeu-lhe bem: não estou a ver o BE a apoiar um Governo ligado a lobbies…  As sondagens continuam a situar o PS nos 40 por cento ou mais. É o sinal claro e inequívoco de que os portugueses confiam no partido da rosa. Com o Natal à porta, a prenda não podia ser melhor.