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“Neste momento as competições partidárias não devem ter lugar”

“Neste momento as competições partidárias não devem ter lugar”

“Reúne-nos aqui uma dor que partilhamos – a perda de tantas vidas humanas por incêndios que consomem e se alimentam de uma atividade que devia ser fonte de vida, acontecimentos nefastos que assolaram o nosso país, nestes últimos dias, com brutal incidência em diversos concelhos do Pinhal Interior”, lamentou o líder parlamentar do PS na sessão evocativa, na Assembleia da República, em memória das vítimas, solidariedade com os seus familiares e agradecimento a todos os que, no terreno, combatem o flagelo dos incêndios.

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“Neste momento as competições partidárias não devem ter lugar”

Segundo Carlos César, agora “é tempo de, com a maior prontidão e acerto, socorrermos as pessoas, apoiarmos os muitos que estão empenhados em debelar os incêndios e em salvar vidas e bens – desde as autoridades e comandos da Proteção Civil ao mais anónimo cidadão, ao autarca, ao bombeiro, ao polícia, ao militar, aos operacionais de outros países, ao profissional de saúde ou ao técnico de Segurança Social”.

É também hora de “atuar para recuperar o património coletivo, ressarcir prejuízos, indemnizar as perdas e reativar o potencial produtivo, recuperar o emprego e ajudar a refazer vidas, famílias e comunidades arruinadas”, defendeu.

Carlos César alertou que é um momento em que “competições partidárias não devem ter lugar”, incumbindo ao Parlamento “não só a procura daquelas explicações, como um acompanhamento atento e exaustivo das tarefas em curso de restabelecimento da normalidade, tomando as deliberações e emitindo as recomendações que entender pertinentes”.

Florestação não pode levar a abandono dos terrenos

O presidente da bancada socialista avisou ainda que a “florestação não pode ser uma forma camuflada de abandono dos terrenos, de incúria produtiva, nem uma forma de facilitismo económico e irresponsabilidade social, muito menos um motivo de temor para as comunidades habitacionais, de desertificação e de destruição”.

“O valor estratégico da floresta para a sustentabilidade ambiental e para a nossa economia obriga a um profissionalismo, planeamento, ordenamento que importa realizar”, defendeu Carlos César, acrescentando que “requer uma gestão mais assente no reforço dos meios coercivos do Estado, na responsabilização dos privados que detêm a propriedade da quase totalidade da área florestada, nos meios preventivos e de combate a incêndios e numa fiscalização de proximidade”. Para isso, “os diplomas legislativos, aprovados em outubro passado, no âmbito da reforma da floresta que o Governo entendeu, e bem, promover, em conjugação com outra legislação já existente, que importa fazer cumprir, e com a pendente de apreciação final nesta Assembleia, contribuirão para todos os enquadramentos necessários”, asseverou.

“Em nome do Partido Socialista, deixo a certeza da nossa determinação em agir de forma ativa e fraterna”, declarou.