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Não há razão nenhuma para que o próximo Orçamento não seja aprovado

Não há razão nenhuma para que o próximo Orçamento não seja aprovado

“É difícil alguém encontrar um bom motivo para que o Governo não prossiga com a política dos últimos três anos”, considerou o primeiro-ministro, António Costa, à margem da visita que está a efetuar a Moçambique, quando questionado sobre a aprovação do Orçamento de Estado para 2019.

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Não há razão nenhuma para que o próximo Orçamento não seja aprovado

Reafirmando o que já tinha defendido dias antes em Lisboa, o primeiro-ministro, António Costa, voltou a declarar em Moçambique, onde se encontra até amanhã, sábado, em visita oficial, a propósito do próximo OE, que “quando estamos no bom caminho o que devemos fazer é prosseguir no bom caminho”, lembrando que Portugal “está a crescer no plano económico”, enquanto politicamente o país “vive um período de estabilidade política”, sustentando que a “única má notícia foi Portugal não ter passado nos oitavos de final do mundial”.

Mostrando-se convicto de que não haverá nenhuma surpresa com a aprovação do OE para 2019, o primeiro-ministro aproveitou para puxar o filme atrás, lembrando que a base parlamentar de apoio do Governo tem conseguido aprovar todos os orçamentos “e com bons resultados”, sem que “nenhum tivesse carecido de retificativo”, como acrescentou, orçamentos que levaram “ao crescimento económico do país” nestes últimos três anos, “à redução do desemprego e ao aumento do emprego”, ou, ainda, ao “défice das contas públicas mais baixo da democracia”.

Perante este cenário, António Costa foi perentório afirmando aos jornalistas, à margem da visita oficial que está a realizar a Moçambique, que será “muito difícil alguém encontrar um bom motivo para não prosseguirmos com a política que temos vindo a seguir” nos últimos três anos e que “tão bom resultado tem produzido”.

Os amigos são para as ocasiões

À noite, no banquete que o Presente de Moçambique, Filipe Nyusi, lhe ofereceu no Palácio da Ponta Vermelha, em Maputo, o primeiro-ministro fez questão de enaltecer o facto de os dois países se terem ajudado mutuamente nas recentes crises económico-financeiras que atravessaram, ficando provado, “nessa época de dificuldade”, caso “ainda houvesse dúvidas”, que “os amigos são para as ocasiões”, lembrando, a propósito, que quando Portugal esteve sob assistência financeira externa, e os portugueses precisaram de uma terra onde procurar trabalho ou um local onde pudessem investir, encontraram em Moçambique o porto de abrigo que buscavam, do mesmo modo, como acrescentou, que quando Moçambique encontrou dificuldades “também as empresas portuguesas não saíram do país, resistiram e puderam continuar”.

Para António Costa, Portugal e Moçambique têm agora de apostar na “cooperação triangular” com outros países amigos, designadamente, como referiu, aproveitando as oportunidades que o fundo do Fórum Macau apresenta para o conjunto dos países de língua oficial portuguesa e a “nova atenção que a União Europeia quer dar ao Continente africano”, tendo ainda defendido “ser essencial” dinamizar a CPLP, também “pela variedade dos seus membros que se inserem noutros fóruns económicos e regionais”, temas que serão seguramente discutidos a abordados, disse ainda António Costa, na cimeira da CPLP que terá lugar dentro de quinze dias em Cabo Verde.