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“Não há cortes neste Orçamento”

“Não há cortes neste Orçamento”

A presidente do Grupo Parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, frisou hoje que o próximo Orçamento do Estado não terá “cortes”, mas antes um “reforço das prestações sociais, do Serviço Nacional de Saúde, da escola pública, da segurança social”, e mostrou-se convicta de que nenhum partido de esquerda abandonará os portugueses neste momento difícil que o país atravessa.

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“Não há cortes neste Orçamento”

“Nunca falámos em cortes, porque não há cortes neste Orçamento”, salientou a líder parlamentar socialista, em entrevista à rádio TSF, que explicou que o Executivo está a “tratar da sobrevivência da vida em qualidade e da capacidade de vencermos esta crise em nome dos portugueses”.

Sobre a viabilização do próximo Orçamento do Estado, Ana Catarina Mendes mostrou-se convicta de que um documento que “não recua em nenhuma das suas políticas, que reforça o Estado social, que reforça os serviços públicos, que pretende valorizar e criar emprego” terá a aprovação daqueles que “ao longo destes cinco anos fizeram um caminho com o Partido Socialista”. “Espero que os parceiros na esquerda parlamentar possam estar connosco de novo”, asseverou.

“Da mesma maneira como em 2015 o que nos movia era o bem-estar dos portugueses e lutar ferozmente contra a direita e a receita em que a direita nos tinha colocado, que tinha empobrecido Portugal, aquilo que eu espero é que percebam que não é menos difícil hoje” sair desta crise “do que era em 2015, porque em 2015 havia muito para fazer”, explicou a presidente da bancada do PS.

Mas admitiu que virão tempos difíceis, “porque a incerteza do inimigo que temos deste vírus gera necessidade de darmos novas respostas”.

Ana Catarina Mendes deixou depois algumas questões dirigidas aos partidos à esquerda do PS: “Estarão o PCP, o Bloco de Esquerda e o PEV contra o reforço do Serviço Nacional de Saúde, quer em termos financeiros, quer em meios humanos? Estarão os parceiros à esquerda contra a aposta na rede de cuidados continuados, que é absolutamente essencial e que foi uma das fragilidades identificadas neste período? Estarão o Bloco de Esquerda, o PCP e o PEV contra a nossa perspetiva de continuarmos a aumentar o salário mínimo nacional?”.

“Não quero acreditar que o caminho de boa memória para os portugueses dos últimos cinco anos seja interrompido não apenas pela pandemia, mas também pela ausência de entendimento à esquerda”, referiu Ana Catarina Mendes, acrescentando que está em cima da mesa uma “agenda progressista, uma agenda virada para o combate à pobreza desde a infância até aos idosos, uma agenda que permita modernizar os nossos serviços públicos”.

Estratégia “forte” de combate à pobreza

“Nós não estamos a salvar um Governo, nós estamos a salvar um país”, asseverou a presidente do Grupo Parlamentar do PS, que explicou que o Governo está a apostar numa “estratégia muito forte de combate à pobreza” e de combate às desigualdades.

Ana Catarina Mendes deixou um aviso durante a entrevista: “Quem é de esquerda não pode abandonar os portugueses”.

Sobre o Novo Banco, a líder parlamentar do PS garantiu que “o que aconteceu no BES [Banco Espírito Santo] foi criminoso”, e “o que aconteceu com a resolução”, no período de governação do PSD/CDS, “foi um desastre”.

O Governo do Partido Socialista está a fazer “tudo o que é possível para, não incumprindo o contrato, não penalizar mais os portugueses”, assegurou.