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“Não contamos com o fascismo para nada”

“Não contamos com o fascismo para nada”

A deputada do Partido Socialista Isabel Moreira frisou hoje, no Parlamento, que “o fascismo vive do ódio” e que “viver em fascismo é viver em terror”, e assegurou que o PS faz “política pela positiva, de cara levantada”, afirmando “a liberdade de todas as pessoas e a efetiva igualdade”.

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“Não contamos com o fascismo para nada”

A socialista referiu, durante o debate sobre a petição pela ilegalização efetiva de grupos de cariz fascista, racista e neonazi, que “vivemos tempos muito difíceis”, de “tentativa de ‘engano universal’, pelo que, hoje, dizer a verdade, se não é um ato revolucionário, é uma luta diária, difícil, é um compromisso com a democracia, porque os inimigos da democracia mentem em tiroteio”.

Recordando as declarações do primeiro-ministro, António Costa, na noite das eleições, Isabel Moreira afirmou: “Não contamos com o fascismo para nada”. “Fascismo, em primeiro lugar, é negar a liberdade de ser”, explicou a parlamentar, que garantiu que “a democracia só será democracia se o poder for de todas as pessoas”.

“Quem promove o ódio em relação a uma minoria – a uma minoria de pessoas que são minoria em função de quem são – é contra a democracia e promove o fascismo”, alertou a deputada do Partido Socialista, que deu como exemplo a invasão do Capitólio, nos Estados Unidos da América, na passada quarta-feira, para mostrar o que o fascismo faz: “É a grande ameaça à ordem e à segurança de todas as pessoas”.

Ora, Isabel Moreira relembrou, perante todas as bancadas, o que é viver em segurança: “Segurança é saber que as instituições democráticas estão salvaguardadas; segurança é saber que as leis que desenhamos não vão criar guetos; segurança é saber que não se vai ser alvo preferencial de violência – incluindo de violência policial – por se integrar uma minoria étnico-racial; segurança é saber que não se vai nunca ameaçar retirar ovários a ninguém”.

“A democracia é aqui, na segurança do pluralismo e na segurança da liberdade”, já o “fascismo é um gangue que não quer fazer parte de nós”, asseverou.

Numa referência ao debate presidencial entre Marcelo Rebelo de Sousa e André Ventura, líder do partido Chega, Isabel Moreira sublinhou que “quem exibe uma fotografia do Presidente da República no bairro da Jamaica com negros e negras usando a palavra ‘bandidos’, o que está a fazer é a promover o racismo, o ódio racial, está a dizer, descaradamente, que aquelas pessoas, por serem negras, são criminosas, e nós, que não contamos com o fascismo para nada, não normalizamos o racismo e denunciamo-lo”.

E afiançou: “Sim, há linhas vermelhas com quem desumaniza vizinhos, há linhas vermelhas com quem se atreve a mandar uma deputada para a sua terra, porque nós, no PS, não contamos com o fascismo para nada”.

Isabel Moreira referiu que o Partido Socialista faz “política pela positiva, de cara levantada, afirmando o Estado de direito, a democracia económica, social e cultural, a democracia representativa e a memória de quem por ela perdeu a liberdade e a vida, afirmando a liberdade de todas as pessoas e a efetiva igualdade”.

Por tudo isto, o PS quer “sempre que a democracia seja melhor, porque a democracia merece sempre que façamos melhor”, afiançou.

“Fazemos e faremos todas as pontes com todos e todas as democratas, seremos sempre firmes no respeito por abril, mas não contamos com o fascismo para nada”, concluiu Isabel Moreira.