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Municipalização da Carris saberá concretizar-se em diálogo e convergência

Municipalização da Carris saberá concretizar-se em diálogo e convergência

Devem ser os municípios a assumir a “gestão dos sistemas de transporte rodoviário”, iniciativa que já sucede em muitas autarquias e que vai ser estendida a todas até 2019, defendeu ontem o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Fernando Medina, à margem da inauguração de um mural de homenagem ao arquiteto Nuno Teotónio Pereira, na freguesia de Alvalade.

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Municipalização da Carris saberá concretizar-se em diálogo e convergência

Desvalorizando a anunciada iniciativa do PCP, que pretende levar ao Parlamento a apreciação do diploma que transfere a Carris para o município, Fernando Medina preferiu colocar a questão no âmbito de “um debate e de um diálogo” que está a ser travado com “confiança e convergência entre parceiros”, mostrando-se convicto de que a municipalização da Carris “é a melhor solução”.

Para o edil, é preferível e mais avisado lembrar a “batalha comum” que os partidos que hoje integram a plataforma de apoio ao Governo empreenderam na defesa do transporte público, do que estar a valorizar uma questão que, certamente, como defendeu, será resolvida pelo “diálogo tranquilo entre parceiros”.

Reafirmando que o que importa é sublinhar o essencial em detrimento do acessório, o presidente da CML sustentou que o fundamental é a convergência que tem havido entre os partidos de esquerda na cidade de Lisboa em defesa do transporte público e do seu desenvolvimento, e mal estaria, como realçou, se agora esses partidos “não se entendessem sobre a forma de se concretizar esse direito”, que permitiu “travar a concessão” da empresa a privados.

Garantindo que encara com “tranquilidade e serenidade” o pedido de apreciação parlamentar do diploma do Governo de municipalização da Carris, Fernando Medina diz preferir colocar a questão no âmbito de um debate e de um diálogo que se irá “travar com normalidade”, mostrando-se “confiante e sereno” de que vai haver a necessária “compreensão mútua”, tendo em vista, como salientou, que “há uma convergência sobre o aspeto de fundo que é o transporte público”.

Defendendo que a Câmara Municipal de Lisboa é a entidade mais habilitada para gerir a Carris, e a mais preparada e dotada para tornar os transportes públicos da cidade “mais acessíveis e alargados” à maioria da população, contribuindo para que seja a “espinha dorsal” do sistema de mobilidade, Fernando Medina não deixou contudo de sublinhar que “não confunde” a convergência no fundamental com aquilo que classificou de diferenças relativamente a aspetos de “segunda ordem sobre esta matéria”.