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Muito longas carreiras contributivas sem penalizações já este ano

Muito longas carreiras contributivas sem penalizações já este ano

A partir deste outono, os trabalhadores com muito longas carreiras contributivas vão poder reformar-se sem penalizações. A garantia foi dada pelo ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, à saída de uma reunião de concertação social, em Lisboa.

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Muito longas carreiras contributivas sem penalizações já este ano

Vieira da Silva disse aos jornalistas que dentro deste grupo ficam abrangidos os trabalhadores com 60 ou mais anos de idade que tenham mais de 48 anos de carreira ou com 46 ou mais anos de descontos e que tenham começado a contribuir para o sistema antes dos 15 anos de idade.

“O Governo decidiu avançar desde já com a iniciativa legislativa, que aprovará brevemente, e há um acordo generalizado entre os parceiros de entrarem em funcionamento este ano as medidas que têm a ver com a despenalização das muito longas carreiras contributivas”, informou o ministro, acrescentando que esta medida deverá incluir 15 mil novos pensionistas em dois anos, com um custo anual de 49 milhões de euros para o erário público.

Sobre as propostas que as centrais sindicais têm feito de reformas antecipadas, sem qualquer tipo de penalização, para trabalhadores com 60 anos de idade e 40 anos de carreira, José António Vieira da Silva disse que, com base nas contas feitas, “há um impacto na Segurança Social que não permite ser sustentado”.

“Há que trabalhar num modelo mais equilibrado e próximo daquilo que o Governo propôs”, afirmou, sublinhando que o Executivo “ainda está disponível para alguns acertos”.

A concluir, Vieira da Silva referiu ainda que o debate sobre as reformas continuará nas reuniões com os parceiros sociais.

“A possibilidade de antecipar a idade da reforma sem por em causa os equilíbrios estruturais da Segurança Social vai dar um pouco mais de trabalho, mas creio que a poderemos finalizar este ano, para que – logo no início de 2018 – haja um primeiro passo nesse sentido”, declarou.