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Ministro do Mar pede “linhas direitas” para a governação dos oceanos

Ministro do Mar pede “linhas direitas” para a governação dos oceanos

“Era importantíssimo que a governação seguisse linhas direitas e não tortuosas e que se aceitasse pontos comuns para a governação global dos oceanos”, tendo como objetivo uma maior partilha científica, defendeu ontem, em Paris, o ministro do Mar.

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Ministro do Mar pede “linhas direitas” para a governação dos oceanos

Ricardo Serrão Santos, que se encontrava em França para preparar a Conferência dos Oceanos da ONU, que vai decorrer em Portugal no próximo ano, explicou que “aspetos como a reflorestação” é um dos pontos comuns, “assim como a proteção das zonas costeiras”.

“Precisamos de um compromisso para a partilha de dados, para que haja uma transferência de tecnologia para os países em vias de desenvolvimento e uma cooperação internacional a nível científico”, frisou.

De acordo com o governante, a Conferência dos Oceanos será uma iniciativa que vai ligar a ciência, a sociedade e o poder político. Este evento, que acontece em junho de 2020, quer estabelecer os compromissos entre todos os países no que diz respeito à preservação dos oceanos.

O ministro deixou depois um alerta: “Os políticos são essenciais nisto, porque nenhuma ciência vai salvar o planeta se não houver boa governação”.

“Há um grande conhecimento dos oceanos, mas os oceanos estão em mudança e em crise”, sublinhou o ministro, que acrescentou que, “se não resolvermos as questões dos oceanos e não inovarmos, estaremos numa situação dramática a partir de 2030”.

Esta foi a primeira deslocação de Ricardo Serrão Santos enquanto ministro ao estrangeiro, para abrir oficialmente um evento promovido pela Comissão Oceanográfica Intergovernamental durante a Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que decorre até 27 de novembro em Paris.