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Ministro disposto a avançar com pacto para a saúde

Ministro disposto a avançar com pacto para a saúde

O ministro da Saúde afirma-se disponível para avançar com um verdadeiro pacto para o sector. Adalberto Campos Fernandes, ouvido numa audição na Comissão Parlamentar da Saúde, garantiu a sua disponibilidade para, “com os deputados, ajudar para esse caminho ser feito”.

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SNS será mais forte com aposta em sinergias e partilha de recursos

A este propósito, o governante adiantou que, no Dia Mundial da Saúde (7 de abril), será firmado um protocolo com a Fundação Calouste Gulbenkian, visando passar das palavras aos atos e envolver vários parceiros nesta área.

Por outro lado, Adalberto Campos Fernandes indicou também que o Serviço Nacional da Saúde (SNS) mantém um problema de sustentabilidade e que, no final de 2015, a dívida total do setor era de 2 mil milhões de euros.

“O problema da sustentabilidade do SNS mantém-se”, avisou o titular da pasta da saúde, sublinhando que o sistema enfrenta “um problema de subfinanciamento, de organização e de sustentabilidade”.

Questionado sobre um eventual agravamento das contas do setor, o ministro disse que as contas de 2015 fecharam com menos 259 milhões de euros e informou que o ministério se propõe chegar ao final deste ano com uma execução de menos 179 milhões de euros.

Sobre os dois primeiros meses do ano, apesar de um saldo projetado de menos 30 milhões de euros (menos 15 milhões de euros em janeiro e menos 15 milhões de euros em fevereiro), terá sido apurado um saldo de menos 20 milhões de euros.

Segundo Adalberto Campos Fernandes, estes dois primeiros meses do ano não contaram com notas de crédito da indústria farmacêutica, cujo acordo recentemente firmado ainda não estava em vigor.

Sobre um eventual agravamento das dívidas dos hospitais, o ministro admitiu ser de cerca de seis por cento, “por razões de fecho de ano”, que em alguns casos levaram ao protelamento dos pagamentos.

Ao nível dos recursos humanos, o governante anunciou que o ingresso dos jovens médicos no SNS vai ser facilitado, através da dispensa da entrevista.

Com esta medida, os jovens médicos, que entrariam no SNS apenas em outubro, poderão fazê-lo em julho.

Sobre as vagas que fiquem por ocupar, o ministro da saúde disse que serão ocupadas por médicos aposentados, manifestando a sua convicção de que o saldo entre os jovens médicos que ingressam e os clínicos que se aposentam será de 200, o mesmo número de profissionais que o SNS pretende contratar.