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Medina quer Lisboa mais sustentável, solidária e tolerante

Medina quer Lisboa mais sustentável, solidária e tolerante

Lisboa vai dispor em breve de 30 novos elétricos, de seis novos centros de saúde da nova geração, e de uma unidade de projeto para a rápida e sustentada ampliação das zonas de escritórios. Estes são alguns dos compromissos assumidos ontem na tomada de posse do eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que garantiu ainda a criação de novas creches e de mais unidades para idosos.

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Medina quer Lisboa mais sustentável, solidária e tolerante

O presidente eleito da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Fernando Medina, garantiu ontem, no seu discurso de tomada de posse, que a edilidade vai mesmo avançar para a aquisição de 30 novos elétricos para a Carris, o que permitirá, como assumiu, que a carreira 15, atualmente entre Algés e a Praça da Figueira se prolongue até Santa Apolónia, o mesmo sucedendo à carreira do elétrico 24, que será recuperada, e que voltará ao percurso entre o Cais do Sodré e Campolide.

Esta foi uma das “medidas emblemáticas”, como as designou, que Fernando Medina garantiu que irá apresentar ao Executivo “no primeiro trimestre de 2018”, defendendo que a aquisição destas novas unidades visa abrir uma “nova fase de expansão da rede de elétricos na cidade”. 

Para além desta medida, o autarca avançou ainda com a abertura, “também para o primeiro semestre de 2018”, de um concurso para a construção dos primeiros seis centros de saúde de nova geração, unidades que deverão, como adiantou, ser “modernas, com meios de diagnóstico e terapia e capazes de assegurar cuidados de qualidade a todos”.

Fernando Medina deixou ainda a promessa de que a Câmara Municipal vai estar muito atenta à criação de novas áreas específicas para escritórios, aprovando para o efeito, como garantiu, a respetiva “unidade de projeto”, bem como não deixará de olhar com particular atenção e empenho para a criação de novas zonas de desenvolvimento da cidade.

Para o mesmo período, ou seja, o primeiro semestre do próximo ano, a CML vai avançar, como anunciou o autarca, em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, para a abertura de novas creches e de mais unidades para idosos.

Uma cidade para todos

Perante os mais de 800 convidados que marcaram presença nesta cerimónia de tomada de posse do presidente da CML, o autarca, depois de afirmar ter uma “visão e uma ambição” clara para Lisboa, garantiu que o próximo mandato será marcado pela aposta numa cidade “sustentável e de bem-estar para todos”, mais “coesa, justa e digna”, uma cidade, como referiu, onde “valha a pena trabalhar, visitar e viver”, mas também a “capital da tolerância e da construção de uma prosperidade sólida, duradoura e partilhada”.

A descentralização foi outro dos temas abordados por Fernando Medina, sustentando que agora, que se iniciaram os mandatos autárquicos, “é o tempo de o Estado fechar este dossiê”.

Mostrando-se disponível para assumir a presidência do Conselho Metropolitano, função que aceitará com “sentido claro das prioridades”, designadamente, como referiu, apostando no processo de descentralização e no avanço de novas competências para a Autoridade de Transportes, sustentando ainda o autarca que outras das negociações fundamentais a ter com a Administração Central passa pelo plano estratégico de investimentos ao nível do transporte público.

Na sua intervenção, Fernando Medina manifestou ainda o seu profundo sentimento de “mágoa, pesar e de solidariedade” às populações, às famílias das vítimas e aos autarcas das terras atingidas pelos incêndios, e deixou uma palavra de louvor a “quem combateu as chamas de forma heroica”.

Teve ainda ocasião de manifestar satisfação pela presença nesta cerimónia do presidente da Câmara Municipal do Porto, afirmando que a atitude de Rui Moreira só pode ser entendida como um “sinal claro da vontade política” de ambos trabalharem em conjunto para “enfrentarem os desafios comuns às duas cidades”.

Diálogo à esquerda

À margem da sua intervenção, Fernando Medina referiu aos jornalistas que o diálogo “à esquerda” ainda decorre na Câmara Municipal de Lisboa, tendo em vista, como realçou, encontrar uma “plataforma mais permanente de entendimento”, lembrando que não é só pelo facto de o PS não ter alcançado nas últimas autárquicas a maioria absoluta em Lisboa, que defende a abertura deste diálogo com os outros partidos, mas por achar que é normal e fundamental que exista esse diálogo.