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Medidas para transformação digital vão impulsionar startup do país

Medidas para transformação digital vão impulsionar startup do país

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, sublinhou ontem que as novas medidas do Executivo para a transição digital são “um grande desafio”, mas são também uma “grande oportunidade” para o país. Para o governante, as novas E-Residêncy (identidade digital), o Balcão do Empreendedor e o programa +CO3SO Digital vão impulsionar o ecossistema de startup português.

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Medidas para transformação digital vão impulsionar startup do país

O E-Residency 2.0 é a aposta do Governo para o empreendedorismo em Portugal a par de uma proposta da Startup Portugal, que ambiciona ter “o potencial para atrair mais de cinco mil destes cidadãos e impulsionar a economia e o perfil internacional do país”, explicou Pedro Siza Vieira durante o primeiro dia da Semana Digital, na cerimónia de apresentação das novas instalações da Startup Portugal e das novas medidas.

Este E-Residency criará um programa de residências eletrónicas que irá permitir aos beneficiários acederem a serviços públicos, serviços bancários e a todas as condições necessárias para a criação online de empresa com contribuinte português.

Já a Startup Portugal vai criar o ‘One Stop Shop’, um Balcão do Empreendedor dedicado a cidadãos estrangeiros, que implica traduzir para inglês os websites do Governo que ainda não estejam disponíveis dessa forma e montar um sistema que junte toda a informação e documentação legal necessária em bilingue. O objetivo é apoiar e acompanhar da melhor forma o processo de estabelecimento de um negócio em Portugal.

Relativamente ao Startup Hub, tem agora uma versão mais atualizada que oferece uma série de vantagens às startup que se registarem, fruto de parcerias com a Aptoide, a Amazon Web Services, a Ernst & Young, a Revolut Business, a Bizay (360Imprimir), a InvoiceExpress e a ShopKit.

Na cerimónia, a Startup Portugal também assinou um protocolo com a Autoridade Tributária para ter acesso a indicadores-chave sobre iniciativas privadas de base tecnológica a operar no país, o que permitirá um melhor mapeamento do ecossistema de startup e das suas necessidades, sem que se viole a privacidade.

Foi ainda anunciado o programa +CO3SO Digital, parte da iniciativa +CO3SO (Construir e Consolidar Sinergias e Oportunidades), com o intuito de promover o desenvolvimento do interior do país através da modernização dos setores primário e secundário, pelas ligações entre tecnológicas e empresas tradicionais e criação de postos de trabalho qualificados, num investimento de cerca de 76 milhões de euros.

Entidades têm que se motivar para as oportunidades abertas com a transição digital

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital deixou o desafio às autoridades públicas, às associações empresariais e ao setor privado a “motivarem-se o mais possível” para as oportunidades que se abrem com o desafio da transição digital. E insistiu que “a transição digital é um grande desafio, mas é também uma grande oportunidade”.

Pedro Siza Vieira considerou fundamental dar a todas as pessoas “as condições para poderem trabalhar e viver nesta nova sociedade em aceleração, tão importante, de tal maneira que as pessoas e as empresas possam ter as melhores condições de prosperar nos próximos tempos”.

O ministro da Economia salientou que vão ser dados “novos apoios aos empreendedores, designadamente com a possibilidade de disporem de espaço de armazenamento na nuvem, de forma gratuita, e de terem outros serviços, também gratuitos”.

A economia e a sociedade “vão recorrer às novas tecnologias, fazer negócios e colocar produtos à disposição dos consumidores, os quais vão fazer crescer a economia mundial”, destacou, advertindo para o facto de este ser “o mais crítico projeto de uma sociedade”.

E deixou um alerta: “Ou estamos preparados ou podemos ficar irremediavelmente para trás”. Mas garantiu que Portugal “está bem posicionado”.

Pedro Siza Vieira deixou claro que a transformação digital é uma oportunidade e um desafio para “uma maior coesão do interior do país” e frisou que um quarto das empresas portuguesas tem “uma grande capacidade digital”, que se compara com as melhores do mundo. No entanto, ainda existem empresas que “não têm nada de digital”, ressalvou.