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Manutenção de perspetiva positiva do ‘rating’ mostra robustez das contas públicas

Manutenção de perspetiva positiva do ‘rating’ mostra robustez das contas públicas

A manutenção da perspetiva positiva sobre o ‘rating’ de Portugal pela Standard & Poor’s “é uma notícia que, num contexto difícil do ponto de vista económico e financeiro que hoje enfrentamos, reflete aquilo que foi a trajetória de crescimento e de robustecimento das contas públicas que Portugal conseguiu concretizar”, considerou, no passado sábado, o ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno.

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Manutenção de perspetiva positiva do ‘rating’ mostra robustez das contas públicas

O crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB), entre 2016 e 2019, foi de 2,6%, “um dos mais altos” da União Europeia, apontou o governante.

“É uma perspetiva positiva que continua a deixar-nos com confiança de que no futuro essa notação possa vir a ser melhorada”, admitiu o ministro das Finanças, que não deixou de frisar que há “desafios novos” a enfrentar, como o impacto na economia da pandemia do Covid-19.

A Standard & Poor’s manteve a notação da dívida de Portugal de longo prazo em ‘BBB’, em nível de investimento, e a perspetiva positiva. “A perspetiva positiva reflete a nossa visão de que a capacidade de Portugal assumir o seu alto ‘stock’ de compromissos externos continua a aumentar, apesar dos mercados financeiros globais incertos”, refere a agência numa nota de análise.

Mário Centeno revelou que vai rever em baixa a estimativa de crescimento do PIB para este ano e sublinhou que os portugueses devem estar confiantes na capacidade da economia para enfrentar as dificuldades resultantes da pandemia.

Covid-19: Medidas com impacto de 300 milhões no OE

Mário Centeno revelou também que “os impactos financeiros diretos” das medidas relacionadas com o COVID-19 “no Orçamento do Estado (OE), na despesa, são da ordem das três centenas de milhões de euros”.

As medidas “têm um impacto que é enquadrável no desenho do Orçamento do Estado”, garantiu o governante, sublinhando que o Executivo está disponível para “redesenhar e redefinir as medidas na dimensão que tiver de ser feita para enquadrar o problema”.

“Estamos a falar não só de impactos que se estimam já do lado da execução da despesa, juntamos a estes impactos do lado da receita com a previsível diminuição da receita”, explicou.

Este montante estimado em cerca de 300 milhões de euros refere-se às duas semanas que antecedem as férias escolares da Páscoa.

O ministro das Finanças referiu que o impacto tem diferentes naturezas: um direto que tem a ver com as medidas de apoio ao rendimento, em particular na área da Segurança Social, o impacto na área da saúde e também na liquidez das empresas.

“Fizemos um percurso que nos trouxe a um momento em que nós podemos ter confiança na capacidade das contas públicas de enfrentar este momento de dificuldade”, asseverou.