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Mais profissionais e melhor acesso aos cuidados de saúde

Mais profissionais e melhor acesso aos cuidados de saúde

Aposta do Governo no SNS traduziu-se em mais profissionais, maior financiamento e melhor acesso aos cuidados de saúde, salientou ontem a ministra da Saúde, no Parlamento.

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Mais profissionais e melhor acesso aos cuidados de saúde

“Os serviços públicos de saúde são um dos mais poderosos instrumentos de construção de uma sociedade mais coesa”, disse a ministra da Saúde, Marta Temido, esta quinta-feira, na Assembleia da República,

Durante a interpelação ao Governo sobre a “situação da Saúde em Portugal”, Marta Temido destacou os avanços alcançados nos últimos três anos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), designadamente em três áreas-chave: o número de profissionais de saúde, o financiamento e o acesso aos cuidados de saúde.

“Em menos de quatro anos, comparando dezembro de 2015 com abril de 2019, aumentámos o número de profissionais do Serviço Nacional de Saúde em 10800 efetivos”, referiu a governante, acrescentando que o sistema dispõe atualmente de mais 1800 médicos especialistas, mais 4400 enfermeiros e mais 1000 técnicos.

O aumento do número de profissionais faz com que o SNS tenha hoje “a maior força de trabalho de sempre”, com 130800 profissionais ao seu serviço, sublinhou a ministra.

Falando aos deputados, Marta Temido lembrou que estes profissionais “já não estão sujeitos a redução de salários e a majorações por trabalho suplementar e horas incómodas, à imposição de um horário de 40 horas semanais e ao congelamento das suas carreiras”.

Reforço do financiamento

Em termos de financiamento, o SNS foi reforçado em “1400 milhões de euros”, sendo que, no quadro de uma “estratégia de reequilíbrio financeiro no setor da saúde, desde o início de 2018, já foram realizados reforços de capital e adiantamentos aos contratos-programa de mais de 1500 milhões de euros para pagamento de dívida”, disse Marta Temido.

Melhor acesso ao SNS

A ministra sublinhou que a construção de raiz ou requalificação de mais de 50 unidades de cuidados de saúde primários e a remodelação de 22 serviços de urgência hospitalares contribuíram para melhorar o acesso dos portugueses aos cuidados de saúde e permitiu que, “em menos de quatro anos, o número de portugueses com médico de família” fosse reduzido “em mais de 300 mil”, disse.

Também o número de consultas nos cuidados de saúde primários evoluiu favoravelmente, visto que, segundo a ministra avançou, comparando dezembro de 2018 com dezembro de 2015, foram realizadas mais 589 mil consultas médicas de saúde, mais 184 mil consultas médicas nos cuidados hospitalares e mais 18 mil cirurgias.

Para Marta Temido, a questão dos tempos de espera “permanece como um dos maiores desafios ao desempenho do Serviço Nacional de Saúde”, reafirmando o empenho do Governo em continuar a trabalhar com as equipas de gestão de todas as unidades para diminuir os tempos máximos de espera de consulta de modo a que, no final de 2019, nenhum utente do SNS tenha tempos de espera superiores a um ano.

A produtividade e a eficiência da gestão e do trabalho no SNS são preocupações assumidas pela ministra, que afirmou que “precisamos de fazer mais e, sobretudo, precisamos de fazer melhor”, disse Marta Temido.