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Mais igualdade salarial e menos desemprego

Mais igualdade salarial e menos desemprego

O combate às injustiças sociais é uma das mais importantes marcas de água do Governo liderado pelo primeiro-ministro António Costa. Inverter as enormes desigualdades salariais a que a anterior maioria de direita subjugou os trabalhadores portugueses assume hoje um carácter determinante.

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Mais igualdade salarial e menos desemprego

Portugal está entre os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) onde se regista a maior desigualdade de rendimentos e onde o desemprego assinala uma das mais elevadas taxas da União Europeia.

Inverter este cenário negro herdado do anterior Governo PSD/CDS é para o ministro do Trabalho e da Solidariedade, Vieira da Silva, um combate imediato. No centro desta desigualdade, lembra o titular da pasta do Trabalho, está o enorme desequilíbrio salarial, fator que em muito tem contribuído para que exista uma parcela significativa de trabalhadores pobres.

Vieira da Silva falava em Paris, num Fórum sobre o Futuro do Trabalho, promovido pela OCDE, tendo na ocasião enaltecido o programa do Governo liderado por António Costa, que entre outras iniciativas, defende a promoção de uma maior igualdade nos rendimentos e o combate ao desemprego, fatores que considerou essenciais para fazer baixar as enormes desigualdades sociais que se verificam na sociedade portuguesa.

Para cumprir este desiderato, lembrou o ministro Vieira da Silva, para além da atualização do salário mínimo, o Governo prepara-se para avançar, entre outras medidas, com o crédito fiscal para famílias de baixos rendimentos, o reforço das políticas e dos instrumentos de aprendizagem e qualificação ao longo da vida.

A desigualdade de rendimentos não é um problema que atinja em exclusivo Portugal, como recordou o ministro, uma vez que nas últimas três décadas tem vindo a alastra-se e a afetar “praticamente todos os países da OCDE”, com especial incidência nas mulheres, jovens, trabalhadores pouco qualificados, migrantes e nos trabalhadores precários.

Combater este flagelo, disse Vieira da Silva, tem de ser hoje uma das principais tarefas para qualquer Governo, não só por que se trata de uma das questões que mais afeta a coesão social, mas igualmente porque prejudica o desempenho económico, “desincentivando o investimento em capital humano”.

A desigualdade de rendimentos, acrescentou ainda o ministro do Trabalho e da Solidariedade, significa na prática que a “vantagem económica é mais provável ser herdada do que merecida”, desencorajando-se assim o “esforço individual”.