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Maioria absoluta do PS é melhor solução para o país

Maioria absoluta do PS é melhor solução para o país

Para não acrescentar à crise que já se vive uma crise política o melhor é mesmo o PS ter maioria absoluta nas próximas eleições legislativas de outubro, defendeu António Costa no debate “Encontro de Gerações”, realizado no Porto, ocasião em que respondeu às perguntas do público presente.

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SAMPAIO

Perante uma vasta assistência, o Secretário-geral socialista sublinhou que “aquilo que as pessoas todos os dias” pedem ao PS é uma frase simples: “corra com eles”, ou seja, com o atual Governo.

“O que dá sentido à democracia é as pessoas poderem escolher e sentirem e perceberem que o voto faz sentido. O voto só faz sentido no PS se o PS correr com eles, não governar como eles, não seguir a política deles e fizer uma política alternativa. Portanto, nós não faremos qualquer coligação à direita”, garantiu, arrancando fortes aplausos.

O líder socialista também pôs de lado possíveis alianças à esquerda, alegando haver um “campeonato entre o PCP e o Bloco de Esquerda para saber qual é o mais anti-PS e esse campeonato não nos leva a lado nenhum e frustra muitas pessoas”.

E disse ainda que essas pessoas acham que “faz sentido” o PCP e o Bloco de Esquerda estarem disponíveis para um entendimento com o PS.

“Acontece que não estão”, reforçou, criticando os líderes comunista e bloquista por dizerem que o PS é igual à direita. Concluiu, pois, que “a melhor solução é mesmo o PS ter maioria absoluta”.

O dirigente vincou, porém, que “a maioria absoluta é uma condição necessária, mas não é uma condição decisiva”.

“Se houve erro que o PS cometeu quando teve a maioria foi não a ter aproveitado para ter reforçado o diálogo com as outras forças políticas. Ninguém tem a maioria para sempre, todo o poder é transitório”, referiu.

Fundos comunitários devem estar no terreno

Mais tarde, durante uma sessão de esclarecimento com apoiantes do partido realizada no Ateneu do Porto, António Costa afirmou que o dossiê dos fundos comunitários não deveria estar sob a alçada “de um ministro inexperiente”, mas sim do primeiro-ministro.

“É extraordinário que, num país onde é tão difícil criar Investimento, haja 21 mil milhões de euros disponíveis em fundos há 17 meses e, no entanto, nem um cêntimo sequer chegou ainda às autarquias e empresas”, criticou o líder socialista, lembrando a experiência de oito anos como autarca para defender que os fundos “devem estar no terreno”, única forma de ajudarem a economia a crescer.

António Costa defendeu que deve ser implementado um novo modelo de funcionamento das comissões de desenvolvimento regional para que “sejam os municípios e não o Governo a eleger o seu presidente”.

E, questionado sobre a reposição dos salários na Função Pública e a devolução da sobretaxa do IRS, o líder do PS, reiterou a vontade de colocá-las em prática até 2017.

Reafirmou de seguida que não votará a favor de um novo corte das pensões na ordem dos 600 milhões de euros.

Refira-se que a intervenção de António Costa no Ateneu encerrou um périplo nortenho que levou o secretário-geral do PS até Balão, Amarante, Penafiel, Felgueiras, Lousada, Paredes, e Paços de Ferreira.