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Maior investimento público do século na ferrovia reforça competitividade da região sul e do país

Maior investimento público do século na ferrovia reforça competitividade da região sul e do país

O corredor ferroviário internacional que ligará o Porto de Sines ao Caia constituirá em breve um “novo incentivo” para que mais empresas se fixem neste eixo servido por esta nova linha férrea, defendeu ontem, em Évora, o primeiro-ministro.

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Maior investimento público do século na ferrovia reforça competitividade da região sul e do país

António Costa, acompanhado pelo ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, foi ontem a Évora presidir à cerimónia de adjudicação da empreitada de construção do troço que ligará Évora ao Norte-Freixo, no concelho vizinho de Redondo. Uma linha ferroviária de mercadorias que vem preencher uma lacuna há muito sentida pelas empresas aqui localizadas e proporcionar que novos projetos empresariais se instalem, garantindo o líder do Governo que será difícil encontrar um sítio “mais atrativo e bem servido de infraestruturas para localizar a produção de bens para exportação”.

Depois de realçar que, em resultado da renegociação do Portugal 2020 com Bruxelas, foi possível destinar dos cinco mil milhões de euros que “vão reforçar o financiamento para o investimento empresarial”, dos quais 1.700 milhões destinados aos concelhos do interior, António Costa reafirmou que a futura ligação ferroviária entre Évora e o Caia, lançada pelo Governo que lidera, constitui “o maior investimento ferroviário feito em Portugal nos últimos 100 anos”.

Esta será em breve uma linha ferroviária que vai atravessar “toda a grande planície alentejana”, uma obra que, de acordo com o primeiro-ministro, assumirá um papel “absolutamente essencial” para melhorar a competitividade externa e a coesão interna do país, lembrando que a nível da competitividade externa a nova linha de caminho-de-ferro de mercadorias vai “potenciar a ligação do Porto de Sines à Europa e vice-versa”, reforçando assim a conexão de Portugal ao “território europeu e ao mundo”.

Para além destes benefícios, e ainda de acordo com o chefe do Governo, esta é, paralelamente, uma iniciativa essencial que visa também fazer baixar a “descarbonização da economia no âmbito do esforço de mitigação das alterações climáticas”, lembrando António Costa que, quando o Governo lançou o investimento na ferrovia, estava consciente de que o objetivo era também “retirar cerca de mil camiões das estradas” e com isso “tirar muitas toneladas de CO2 da atmosfera”.

Este primeiro troço ontem lançado pelo primeiro-ministro, entre Évora Norte-Freixo, é o primeiro de três troços que vão ligar a cidade de Évora ao Norte de Elvas e daqui ao Caia, com 20,5 quilómetros, um investimento público orçado em 46,6 milhões de euros, com um prazo de execução de 540 dias, sendo que a nova ligação entre Évora e o Norte de Elvas, com uma extensão de 80 quilómetros, vai dividir-se em três trajetos ferroviários , sendo um primeiro entre Évora Norte-Freixo, o segundo entre Freixo-Alandroal e o último entre o Alandroal e a Linha do Leste.