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Lutar pela transparência é o mais valioso contributo para a democracia

Lutar pela transparência é o mais valioso contributo para a democracia

A via mais eficaz para travar os populismos é reforçar a “transparência da atividade política e, em particular, dos “atos e decisões das entidades públicas”, defendeu hoje no Congresso do PS o presidente do partido, Carlos César.

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Lutar pela transparência é o mais valioso contributo para a democracia

Falando no segundo dia de trabalhos, depois de ter sido reeleito presidente do partido com mais de 96% dos votos, Carlos César, dedicou grande parte da sua intervenção à questão da transparência política, com referências abundantes à problemática da corrupção, que em sua opinião “tem minado a confiança dos cidadãos no regime democrático”.

Segundo Carlos César, os responsáveis políticos têm pela frente a “tarefa cívica” e política de liderar uma luta necessária para recuperar a confiança dos portugueses na democracia e nos partidos que a representam, melhorando, designadamente, como aludiu, os sistemas de participação e representação eleitorais e “viabilizando os mecanismos de escrutínio da atividade política”.

Para o reeleito presidente do PS e líder parlamentar, de entre as tarefas que os partidos têm que enfrentar para combater os fenómenos, que têm vindo a descredibilizar a política, estão, seguramente, como salientou, a “transparência do exercício de cargos públicos”, para além de haver toda a necessidade, como acrescentou, de tornar claras as decisões que os responsáveis políticos tomam, de forma a que os portugueses fiquem a saber claramente porque é que são tomadas determinadas decisões e não outras.

Medidas e decisões que, para o presidente Carlos César, assumem um caráter determinante para um partido como o PS, que “defende um Estado útil, providente, no que é necessário, eficiente e moderno”.

Combate à corrupção

Só através de um verdadeiro e eficaz combate à corrupção, apostando em iniciativas que melhorem a qualidade da democracia, sustentou ainda o presidente do PS, é que “estaremos a defender o interesse público, os valores republicanos e a transparência da atividade governativa”.

Carlos César lembrou a propósito o “pacote” da transparência, que está em fase de discussão na Assembleia da República, afirmando não compreender a oposição de alguns deputados a esta iniciativa, entre os quais, como lembrou, “alguns são do meu próprio partido”, garantindo que o PS não “hesitará” no plano parlamentar em avançar na missão de reformar a legislação aplicável aos titulares de cargos políticos e de introduzir na ordem jurídica “soluções que obtiveram sucesso noutros sistemas democráticos e nas instituições europeias”.

Para Carlos César, quando a “nossa democracia fraqueja é a vida dos portugueses que se desguarnece”, afirmando que o combate pela transparência “é um travão ao populismo”, uma iniciativa que deve, contudo, como sustentou, “coincidir com a valorização da política e dos políticos”, sendo que em sua opinião este combate é um dos mais “valiosos contributos para a democracia”.